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Desvio de fundos no Gabinete de Combate à Droga

A inspecção administrativa da Secretaria Provincial, em Inhambane, constatou o desvio de 260 mil meticais dos fundos do erário público no Gabinete Provincial de Prevenção e Combate à Droga.

Efectivamente, o caso foi despoletado por denúncias feitas por funcionários da instituição em Julho de 2010. O director do Gabinete Provincial de Combate à Droga, Carlitos Alberto Tomo, é acusado de “uso abusivo dos fundos do Estado” que se traduziram no “pagamento de despesas de água e luz” de uma residência onde nunca morou.

Uma auditoria constatou que Carlitos Tomo, com a cumplicidade de Recelda Guambe, gestora de contabilidade, usou daquela instituição para fins desconhecidos 260 mil meticais. Para o efeito, dos oito funcionários ouvidos durante a auditoria, apenas cinco deram provimento ao abaixo-assinado contra a gestão danosa de Tomo.

A inspecção pede esclarecimento urgente e devolução de 100.567,00 meticais do saldo da rubrica das ajudas de custo do exercício económico de 2008 e 2009, pois nestes anos a instituição dispunha de 522.117, 00 meticais dos quais 421.650,00 meticais foram justificados, havendo um saldo não justificado de 100.467,00 meticais.

Do valor global das ajudas de custo nos dois anos em referência o director beneficiou de mais de metade do valor, ou seja, 100.300.00 meticais em 2008 e 115.600,00 meticais em 2009.

Contas não batem certo

O relatório refere que nos exercícios económicos em que incidiu a inspecção, designadamente 2008 e 2009, nenhuma rubrica fechou as contas havendo dinheiro não justificado, especificamente 42.120,55 meticais do fundo global de 2008 que era de 738.027,00 meticais, 33.092,67 das despesas de compra de aparelhos audiovisuais para a residência particular do director, 7.425,00 meticais de alimentação no Restaurante Tic-Tic, na cidade de Inhambane, 32.490 meticais de arrendamento de uma casa não habitada, 11.314 meticais de despesas de alimentação e alojamento do director durante a sua deslocação à província de Cabo Delegado e 84.770,51 do saldo não justificado nos exercícios económicos dos dois anos, entre outras despesas.

Na sequência destas constatações, a inspecção recomenda ao governador da província a tomada de medidas urgentes para salvaguardar os interesses do Estado. A inspecção propõe a cessação imediata de funções de Recelda Guambe das funções de responsável da Contabilidade, por não possuir capacidades técnicas e profissionais para gerir este sector.

Calisto Tomo, que dirige aquela instituição há mais de dez anos, é também acusado de arrogância e prepotência em relação aos seus colegas. Nos dias que correm suspeitas de que usa abusivamente a viatura de serviço para negócios pessoais, sobretudo a venda de madeira no período nocturno.

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