Cerca de 12 milhões de hectares de florestas moçambicanas são destruídos, em média anual, para produção de carvão vegetal e outros combustíveis lenhosos, em Moçambique.
As queimadas descontroladas são também responsáveis por esta situação, segundo a Direcção Nacional de Terras e Florestas, apontando, em seguida, que para inverter o cenário está em curso uma campanha nacional sobre controlo das queimadas descontroladas no país, cujo lançamento teve lugar esta quarta-feira, na província central de Tete.
Basicamente, a campanha visa capacitar as comunidades rurais em técnicas melhoradas de exploração sustentável de recursos florestais, abdicando-se da prática de queimadas descontroladas, por esta acção estar a “perigar a biodiversidade ambiental”, através da destruição de várias espécies de animais.
Refira-se, entretanto, que um estudo do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) de 2008 estima que cerca de 25 a 40 milhões de hectares de florestas são devastados por ano, dos quais 17 milhões de metros cúbicos equivalentes à exploração de madeira para geração de energia e outros fins comerciais.
Niassa, Tete, Manica, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Sofala são as regiões do país com mais negócio de florestas, principalmente, por multinacionais estrangeiras do sector madeireiro.