Fãs de desporto da África do Sul homenagearam Nelson Mandela neste sábado com sorrisos e minutos de silêncio para honrar a morte do líder da luta contra o apartheid, que inspirou as pessoas a perseguir o impossível, da política aos campos desportivos. Os tributos se espalharam por todos os desportos, do críquete à final da Copa da Liga entre o Platinum Stars e o Orlando Pirates, que dizem ter sido a equipa para o qual Mandela torceu.
Nos seus primeiros comentários desde a morte dele, na última quinta-feira, a família de Mandela agradeceu a África do Sul e o mundo inteiro pelo apoio. “Os últimos dois dias não têm sido fáceis e os seguintes também não serão, mas com o apoio que estamos recebendo de todo mundo, tudo finalmente ficará bem para a família”, disse um comunicado.
A final da Copa, neste sábado, aos olhos de 40 mil pessoas na cidade de Nelspruit aconteceu após um momento de silêncio para o primeiro presidente negro da África do Sul, cuja carreira no desporto, particularmente no boxe e no futebol, foi interrompida pelos 27 anos na prisão.
Havia a ideia de adiar uma partida internacional de críquete contra a Índia, em Durban, em sinal de respeito, mas ela será realizada normalmente, com tributos a “Madiba”.
No sábado, muitos lembraram o papel de Mandela no principal triunfo do desporto sul-africano -o título da Copa do Mundo de rúgbi em 1995, apenas um ano depois das eleições multirraciais que encerraram a dominação da minoria branca do país. “Eu sempre amei me referir a Mandela como o capitão extraoficial dos nossos times”, disse Joel Stransky, que fez o golo da vitória naquela final.
Neste sábado, milhares de clubes de corrida ao redor do país fizeram minutos de silêncio pelo ex-presidente de 95 anos e, em Johanesburgo, mudaram suas rotas para passar à frente da casa dele, agora um destino de peregrinos e flores.