Aumentaram em cerca de 18,3%, em 2010, as despesas de moçambicanos no exterior devido, fundamentalmente, aos pagamentos efectuados para efeitos de turismo que cresceram em 46 milhões de dólares norte-americanos.
Os custos com a formação e saúde registaram uma diminuição de 44 milhões e sete milhões de dólares norte-americanos, respectivamente, segundo o Banco de Moçambique (BM), no seu relatório anual de 2010.
No que respeita à evolução da Conta Parcial de Serviços, o BM salienta que na área dos Transportes houve no período em análise um aumento nas receitas em 6,3%, justificado pelo crescimento da actividade comercial a nível dos principais utilizadores das infra-estruturas de transportes na região do hinterland, que fazem aproveitamento dos corredores de desenvolvimento de Maputo e Nacala.
No que tange às despesas elas reduziram em 17,5%, quando incluídos os grandes projectos, e em 19,4%, excluindo estes empreendimentos, em linha com a queda das importações de bens, com repercussões no frete das mercadorias que também diminuíram.
Na rubrica Viagens, o banco central indica ter havido incremento nas receitas de apenas dois milhões de dólares em relação ao período homólogo de 2009, apesar das expectativas criadas em redor da realização do Mundial de Futebol na África do Sul, facto que é justificado pela manutenção nos recebimentos para efeitos de turismo.
Mega-Projectos
Expurgando os rendimentos associados aos megaprojectos, destaca-se em 2010 um fluxo positivo menor em 62,3% quando comparado com o registado em 2009, devido à diminuição dos juros de depósitos no exterior e aumento dos dividendos repatriados pelas empresas de Investimento Directo Estrangeiro (IDE).
As empresas do sector comercial repatriaram 14,3 milhões de dólares, representando um peso de 26,8%, seguidas das do ramo financeiro com 11,8 milhões de dólares e da indústria transformadora e ainda transporte e comunicações, com 18,1% cada.