A Província de Maputo, no Sul de Moçambique, esta a apostar na criação de florestas comunitárias para fazer face a devastação que se verifica naquela parcela do pais.
Desta feita, os Serviços Provinciais de Floresta e Fauna Bravia de Maputo estão a desenvolver um projecto que prevê o plantio de 30 mil árvores de moringa anualmente em vários cantos daquela parte do país.
As árvores deverão ser plantadas pelos 30 operadores autorizados a fazer o abate de árvores para a produção de carvão e lenha, actividade quer garante o rendimento de varias famílias nas zonas rurais.
De acordo com Olívia da Silvia Mosse, Chefe dos Serviços Provinciais de Floresta e Fauna Bravia, os operadores deverão trabalhar com as comunidades para levar a bom termo esta actividade.
“Estamos a incentivar as comunidades e os agentes florestais a plantar arvores e esperamos que anualmente se plantem mil árvores”, disse.
“O nosso objectivo é reflorestar com a moringa, uma planta que é resistente a seca e cresce rapidamente, para alem de ser de uso múltiplo esta espécie”, acrescentou.
Nesta actividade, os operadores florestais vão contar com o apoio da Direcção Provincial da Agricultura que vai dar assistência técnica, para alem de preparar os viveiros.
Para Mosse, o plantio de arvores surge como que a reposição das arvores abatidas, para evitar que a produção de carvão e lenha devaste a floresta naquela parcela do pais, com consequências nefastas para o ambiente.
Mosse considera que a Província de Maputo, por estar próxima da capital moçambicana, esta em risco de ficar devastada devido a pressão que sofre pela procura da lenha e carvão.
de operadores
A Província de Maputo contava ate ao ano passado com 50 operadores florestais autorizados a abater de forma controlada arvores para a produção de carvão e lenha.
Por causa da pressão desta actividade sobre a floreira, com implicações nefastas ao meio ambiente, a direcção provincial da agricultura resolveu reduzir para 30 o número de operadores florestais.
Assim, a partir do presente ano, apenas 30 operadores poderão cortar árvores para produzir carvão e lenha.
“Esta é uma decisão estratégica nossa, para reduzir a pressão da actividade de produção de carvão sobre a mata, por estamos próximo da cidade e há muita procura deste produto”, explicou.