As autoridades moçambicanas da província central de Manica recolheram, semana passada, medicamentos diversos que estavam a ser comercializados nos mercados informais daquela região.
A recolha dos medicamentos surge na sequência de uma campanha lançada, Quinta e Sexta-feira, pela Polícia da República de Moçambique (PRM) em parceria com o Ministério da Saúde (MISAU) na cidade de Chimoio, capital provincial, e nos distritos de Manica, Sussundenga e Gôndola, que tinha como objectivo desmantelar a comercialização ilegal de medicamentos.
O jornal “Diário de Moçambique” escreve na sua edição da Terça-feira que a PRM deteve sete pessoas que se dedicavam a este negócio e que foram encontradas na posse de vários medicamentos, cujas quantidades ascendem 1.800 unidades por embalagem.
Segundo a publicação, presume-se que os medicamentos tenham sido roubados dos hospitais públicos. Contudo, falta apurar como isso terá acontecido, apesar de não se tratar do primeiro caso do género a registar-se na província.
O porta-voz do Comando provincial da PRM em Manica, Belmiro Mutadiua, disse que os medicamentos já foram encaminhados ao MISAU, através da sua inspecção-geral.
A operação ocorre numa altura em que as unidades sanitárias se queixam da falta de vitamina A, fármacos que foram encontrados em quantidades elevadas no mercado informal.
A crise de medicamentos não afecta apenas Manica, pois também estende-se a outras províncias tais como Cabo Delgado, Zambézia e Maputo, afectando principalmente as farmácias estatais.
Refira-se que, em Dezembro último, o ministro da Saúde, Alexandre Manguele, asseverou que o país tinha reservas de fármacos suficientes para garantir o normal funcionamento do Sistema Nacional de Saúde durante oito meses, algo que parece não estar a acontecer.