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Desconhecidos matam mais um elemento da Renamo em Nampula

Um membro da Renamo na Assembleia Provincial de Nampula (APN) foi crivado de balas, na noite da última quinta-feira (15), na sua própria casa, na cidade de Nampula, por pessoas ainda não identificadas.

Trata-se de um militante sénior do maior partido da oposição em Moçambique e respondia pelo nome de José Almeida Mureveia, de 49 anos de idade.

A vítima morreu no local do crime, na Unidade Comunal Samora Machel, no bairro de Mutawanha, uma zona circunscrita à 1ª esquadra da Polícia.

As motivações do homicídio são desconhecidas. Catarina Rafael, esposa da vítima, um grupo de indivíduos desconhecidos invadiu a residência do casal, por volta 23horas.

Na altura, os donos da casa estavam a dormir, tendo os supostos malfeitores batido à porta com insistência para que fossem atendidos.

Perante o silêncio do casal, os bandidos efectuaram disparos através de uma janela precária e atingiram mortalmente o José Mureveia.

A senhora contou que se escondeu debaixo da cama como forma de escapar da morte e a quadrilha, cujo número não apurou, colocou-se em fuga.

Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, confirmou a ocorrência e disse que uma equipa de investigação recolheu os invólucros para ajudarem no esclarecimento do crime.

Entretanto, Nacute reconheceu que houve falhas no processo, uma vez que a Polícia deslocou-se tarde ao local.

A Renamo ainda não reagiu ao assassinato.

Outros assassinatos ainda sem explicação

Refira-se que a 02 de Novembro passado, um outro membro da “Perdiz”, de nome Abílio Baessa, escapou da morte após ser ferido a tiro, no distrito de Mocuba, província da Zambézia, acção alegadamente perpetrada por pessoas desconhecidas.

A vítima é docente e já desempenhou funções de director provincial adjunto do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) na Zambézia.

Mas a 30 de Outubro passado, Juma Ramos, também da Renamo e chefe desta bancada na Assembleia Provincial de Sofala, foi morto em casa, na cidade da Beira (Sofala).

A 27 do mesmo mês, outro membro influente da Renamo, identificado pelo nome de Luciano Augusto, foi crivado de balas na sua casa, no distrito em Gúruè, província da Zambézia.

A 22 de Setembro passado, o membro da Assembleia Provincial (AP) de Tete e delegado político distrital da Renamo, Armindo António Ncuche, de 55 anos de idade, foi também morto a tiros, em plena luz do dia, na vila de Moatize, por indivíduos ainda desconhecidos.

Ainda 08 de Outubro, Jeremias Pondeca, membro do Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República (AR) em representação da Renamo, e membro da Comissão Mista do Diálogo Político, foi igualmente baleado mortalmente por indivíduos também não identificados, em plena manhã, na cidade de Maputo.

A 18 do mesmo mês, dois membros do maior partido da oposição em Moçambique foram eliminados à queima-roupa, no distrito de Ribáuè, em Nampula, igualmente por gente desconhecidas e que se pôs ao fresco.

Trata-se de Flor Armando, de 45 anos de idade, delegado político distrital em Ribáuè e membro da Assembleia Provincial de Nampula, e Zeca António Lavieque, de com 25 anos.

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