Os restos mortais de uma cidadã identificada pelo nome de Lídia Carlitos Pedro, que tinha problemas de pigmentação da pele, e que raptada e assassinada, no posto administrativo de Muraleo, distrito de Malema, em Setembro de 2015, já não se encontram no túmulo onde foram depositados pelos familiares. Segundo apurou o @Verdade, o cadáver foi roubado por indivíduos desconhecidos e ainda a monte, para fins inconfessos.
Os parentes da malograda descobriram a ocorrência no passado dia 26 de Março, quando pretendiam fazer a limpeza da campa e uma cerimónia em memória do defunto.
À nossa Reportagem, Denardina Amisse, da Associação Amor à Vida, em Nampula, um organismo que trabalha em prol das pessoas com albinismo, disse que os familiares de Lídia Pedro dirigiram-se ao cemitério, numa manhã, e descobriram que a campa tinha sido profanada e o corpo retirado.
Na circunstância, os parentes da vítima dirigiram-se ao Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Malema para denunciar o caso às autoridades policiais, tendo estas, por sua vez, de deslocado ao local para averiguações.
De acordo com Denardina, no local do crime foram encontrados vestígios de exumação da campa e o cadáver sumido. Um agente da Lei e Ordem, afecto ao Comando Distrital da PRM em Malema, confirmou-nos a ocorrência.
Refira-se que a violação dos túmulos em Nampula é uma prática recorrente. No primeiro trimestre deste ano, foram registados mais de quatro casos de género, sendo os distritos de Eráti, Malema, Monapo, Murrupula e Mogovolas os principais palcos. Os mandantes continuam desconhecidos, pese embora o encalço que a Polícia diz estar a encetar.