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Desconhecidos estupram adolescente em Maputo

Uma adolescente de 17 anos de idade, cujo nome omitimos para preservar a sua imagem e honra, bem como da família, foi espancada e abusada sexualmente por três indivíduos a monte munidos de armas brancas, na noite da última quinta-feira (27), no bairro de Inhagoia, na capital moçambicana.

Entretanto, o Estado continua sem medidas para punir, de forma severa e exemplar, este tipo de crime. E o pior é que o Parlamento aprovou, em Dezembro do ano passado, uma nova versão do Código Penal, que, em vez de proteger as vítimas de violação sexual, favorece os estupradores. Estes, de forma clara e grosseira, são autorizados a casarem-se com as suas vítimas e, em virtude disso, as suas penas ficam suspensas se for condenados. É desta forma que o Estado pretende proteger as vítimas desse mal, promovendos, abertamente, o abuso de mulheres e crianças?

Reconstituindo o crime, a vítima contou ao @Verdade que, naquele dia, quando regressava da escola na qual frequenta o curso nocturno, foi interpelada por um jovem que se ofereceu para acompanhá-la uma vez que, aparentemente, seguiam o mesmo destino. Contudo, durante o percurso a adolescente foi imobilizada por dois comparsas do jovem que a acompanhava.

Os três agrediram fisicamente a miúda, amordaçaram-na e a violaram-na sexualmente sem preservativo. A rapariga disse ainda que não pediu socorro porque enquanto um dos indivíduos mantinha a cópula foçada com ela, os restantes estavam com armas brancas, dentre elas catanas, em punho. De repetente, apareceu um cão que ao se aperceber de uma movimentação estranha começou a latir. O bando fugiu em debandada.

A mãe da vítima, contou-nos que as pessoas que abusaram sexualmente a sua filha escaparam da morte porque fugiram. Mas tarde ou cedo alguém vai localizá-los e deverão pagar pelo crime. Visivelmente furiosa, a senhora suspeita que sejam indivíduos próximos que cometeram o estupro.

Em consequência desse crime, os moradores do quarteirão onde o crime se deu estão revoltados e decidiram assumir o papel da Polícia – investigar – e patrulhar a zona com vista a neutralizar os estupradores. Foram criados cinco grupos compostos por 10 pessoas cada para o efeito.

 

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