Quatro indivíduos ainda a monte balearam mortalmente, na noite de sexta-feira, João Jofrisse, pastor da igreja Missão Fé Apostólica de Moçambique, na cidade de Chimoio, capital da província central de Manica.
O finado foi assassinado na sua própria sua casa, durante um culto religioso, perante dezenas de crentes. Sabe-se que no local foram disparadas seis tiros que também dispersaram os crentes.
João Jofrisse foi atingido por duas balas depois de ter tentado em vão proteger-se com o recurso da Bíblia que empunhava durante o culto. O pastor contraiu ferimentos graves e perdeu a vida no local do crime.
A esposa da vítima, Eugénia Chinhamundoa, explicou que quatro indivíduos desconhecidos, portando armas de fogo, fizeram-se em sua casa e dispararam dois tiros para o ar. Depois atiraram mais dois contra o pastor. Na ocasião, o filho da vítima também foi alvejado e encontra-se a receber cuidados médicos no Hospital Provincial de Chimoio.
Questionada sobre as prováveis causas do crime, a viúva coloca a possibilidade de ter como origem conflitos inter-religiosos, particularmente a disputa de crentes com outras confissões religiosas.
Eugénia Chinhamundoa referiu ainda que, num passado muito recente, um grupo de pessoas perseguiu o seu marido tendo-o agredido até perder alguns dentes. O caso foi reportado a Polícia da República de Moçambique (PRM) e o processo seguiu seus trâmites até ao julgamento.
“Pensei que tudo tivesse passado. Não imaginei que desta vez usariam arma para matar meu marido. Quando chegaram pensávamos que fossem pessoas que vinham assistir o culto. Ficamos assustados quando vimos a tirar arma e disparar contra meu marido”, contou Eugenia visivelmente chocada.
Entretanto, a porta-voz da PRM em Manica, Elcídia Filipe, garante que a corporação está fazer tudo ao seu alcance para identificar e neutralizar os criminosos. Disse haver pistas, mas escusou-se a fornecer mais detalhes para não prejudicar o curso das investigações.
Elcídia Filipe garante que os criminosos serão levados a barra da justiça.