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Desabamento de ponte condiciona circulação entre Nampula e Niassa

A estrada que liga as cidades de Nampula, província do mesmo nome e Cuamba, no Niassa, está desde última quarta-feira intransitável devido ao desabamento da ponte improvisada sobre o rio Nacata, no posto administrativo de Mutuáli, distrito de Malema, em Nampula, condicionando o trânsito de viaturas.

Na origem do desabamento da ponte em alusão apontam-se as chuvas intensas que se fazem sentir um pouco por toda a região norte, desde finais de Dezembro passado. Como alternativa, os cidadãos que pretendem chegar à província do Niassa através da estrada, a partir de Nampula, e de outros países do Interland, usam o troço Nampula/Gurúè, na província da Zambézia, e daí em diante, cuja circulação também não é das melhores, sobretudo, no troço Gurúè/Cuamba, que é de terra batida.

A situação em causa está a inquietar os utentes desta importante estrada, porque a via alternativa é muito mais longa e mais onerosa em termos de combustíveis. Nos finais do ano passado, era possível transitar no local através de um desvio que a empresa Gabriel Couto, encarregada da reabilitação do troço Malema/Cuamba, teria improvisado.

António Cardoso, um condutor de um camião de grande tonelagem, entrevistado pela nossa reportagem, disse que saiu da cidade portuária de Nacala com destino ao Malawi, onde tencionava estar até quinta-feira (08), mas viu-se obrigado a permanecer naquele local, aguardando por uma eventual reposição da ponte sobre o rio Nacata.

Um outro utente da via a que nos referimos, que se escusou a identificar-se, disse não entender as razões que fazem com que aquele pedaço de terra não seja concluído, à semelhança dos outros dois que compreendem o espaço entre Nampula e Malema.

“Estou indignado pela demora na conclusão deste troço. Esta é a consequência que se deve suportar em épocas de chuvas, enquanto as obras não forem concluídas e eu penso que quem de direito devia tomar medidas duras contra o empreiteiro, para que casos de género não se repitam nas próximas obras”, sublinhou a fonte.

Os gestores da construtora Gabriel Couto, companhia encarregue do troço entre Malema a Cuamba, garantem que vão resolver o problema o mais urgente possível, tendo para o efeito mobilizado maquinaria pesada.

De referir que este é o único que está a registar atraso, no âmbito do projecto de reabilitação em curso da estrada Nampula/Cuamba, que está dividida em três pedaços de terra, nomeadamente Nampula/Ribáuè, Ribáuè/Malema e Malema/Cuamba.

De referir que os dois primeiros foram entregues a duas construtoras chinesas e este último à companhia portuguesa Gabriel Couto. O projecto arrancou em Setembro do ano de 2011, com a entrega prevista para 31 de Agosto de 2014.

Num outro desenvolvimento, Virgínia Malauene, delegada do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais em Nampula, disse que a comissão multissectorial de gestão de riscos que envolve alguns instituições do Estado, incluindo a Administração Nacional de Estradas (ANE), disse que foram reactivadas todas as comissões em todos os distritos da província e estão envolvidas na monitoria de eventuais casos provocados pelas chuvas que se fazem sentir um pouco por toda a província de Nampula para a necessária intervenção.

A nossa entrevistada afirmou que as atenções de momento estão viradas para os distritos da zona sul da província de Nampula, nomeadamente Moma, Angoche, Mogincual, e Larde, que estão ligados a estradas de terra batida, e que ciclicamente têm ficado isolados de outros locais daquele ponto do país, em quase todas as épocas chuvosas.

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