O derrame de petróleo no Golfo do México pode tornar-se um dos piores da história dos Estados Unidos se o poço não for selado, informou uma oficial da guarda-costeira que lidera a resposta ao desastre. “Vou dizer diretamente. Os esforços da BP para controlar o vazamento no bloco obturador do poço não tem sido bem sucedidos”, informou a contraalmirante Mary Landry, em entrevista coletiva.
Landry negou-se a comparar este incidente com o desastre do petroleiro Exxon Valdez, em 1989, mas acrescentou: “se não tornarmos o poço seguro, sim, será um dos derrames de petróleo mais significativos da história dos Estados Unidos”.
Esta terça-feira, a mancha se moveu a 33 km do frágil ecossistema costeiro da Louisiana e as autoridades federais informaram que estão considerando uma “queima controlada” do petróleo já recolhido em barreiras flutuantes no Golfo. A plataforma petrolífera “Deepwater Horizon”, administrada pela gigante britânica BP, afundou na quinta-feira a 200 km a sudoeste de Nova Orleans e continua vazando azando petróleo dois dias depois de uma explosão na qual morreram 11 operários.
Quatro robôs submarinos operavam no local nesta terça-feira numa corrida contra o tempo para interromper o vazamento, sem conseguir maiores avanços, enquanto um grupo de engenheiros construía um domo gigante que poderia ser colocado sobre os locais de escape para deter o derramamento.