A Quinta Cúpula das Américas concluiu neste domingo adotando uma ampla declaração de 97 pontos que, apesar das controvérsias que gerou a respeito, não faz referência a Cuba nem à promoção de biocombustíveis e mantém o reconhecimento da Otan.
Mas o documento acabou resultando 50% mais extenso que o originalmente acertado e insiste na necessidade de trabalhar conjuntamente na luta contra o narcotráfico, o crime organizado e a corrupção, promover políticas que respeitem os direitos dos imigrantes e garantir a autossuficiência energética do continente.
O texto está dividido em grandes capítulos dedicados a descrever medidas para conseguir a segurança energética do continente diversificando as fontes de energia, promover a prosperidade dos habitantes da região com medidas que protejam especialmente as populações mais vulneráveis e a preservação do meio ambiente. Entre os capítulos dirigidos a proteger as populações mais vulneráveis, o documento menciona a necessidade de dar “uma completa proteção aos direitos humanos dos imigrantes”, um tema particularmente sensível para os países da América Central, já que 5,5 milhões de centro-americanos vivem atualmente nos Estados Unidos.
A declaração insiste que se “respeitem seu estatuto e se cumpla as leis amplicáveis a eles, incluindo os direitos trabalhistas”. Também coloca metas como a de “erradicar no mais tardar em 2020 o trabalho infantil”, “implementar a convenção interamericana para a prevenção, castigo e erradicação da violência contra a mulher” e finalizar os trabalhos para uma declaração que reconheça os direitos dos povos indígenas.