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Cultivo da lichia vai transformar Catuane

O cultivo da lichia no Posto Administrativo de Catuane, no distrito de Matutuine, na província meridional de Maputo, vai, nos próximos cinco anos, tornar aquele ponto do país num exemplo de excelência de produção desta fruticultura.

Para o efeito, um colectivo de farmeiros sul-africanos, sócios do moçambicano Martinho de Almeida, investiu até agora um total de 7.5 milhões de rands (valor equivalente a 25 milhões de meticais) na abertura de duas farmas numa extensão de dois mil hectares, para a produção desta fruticultura. O projecto de abertura das duas grandes farmas (Três Rios e Jantinho), iniciado em 1994, consistiu, primeiro, no desbravamento das densas matas no espaço antes identificado para o desenvolvimento desta cultura, assim como da laranja, batata-reno e a criação de gado.

A fase actual consiste no plantio das árvores tendo até agora sido semeadas acima de 300 plantas desta fruta e os primeiros resultados são esperados a partir de 2013, altura em que serão feitas as primeiras colheitas. O projecto foi até aqui implantado em 50 por cento, porque, segundo os proprietários, a quantidade de energia da rede eléctrica nacional que chega ao Posto Administrativo de Catuane não é suficiente para alimentar o trabalho.

A outra metade do projecto está condicionada a chegada da corrente eléctrica àquele ponto da província do Maputo. Contudo, eles garantem trata-se de um investimento a longo prazo porque aquela zona do país possui todas as condições necessárias tornar o trabalho um verdadeiro sucesso, desde o clima, a qualidade do solo, a disponibilidade da água que será tirada no lago Panjene, a beira das farmas e a determinação das pessoas em trabalhar.

As duas formas criaram até agora cerca de 40 postos de trabalho fixos, mas os proprietários afirmam que o número poderá subir durante as primeiras colheitas em que serão necessários pouco mais de dois mil trabalhadores, para responder ao volume de trabalho.

A Primeira-Dama moçambicana, Maria da Luz Guebuza, que visitou as duas farmas na sua deslocação ao distrito de Matutuine, encorajou aos proprietários pelo seu contributo no combate a pobreza, através da criação de postos de emprego, assim como a diversificação da oferta das exportações moçambicanas. Na ocasião, os farmeiros sulafricanos pediram a primeira-dama uma rápida solução de problemas como a corrente eléctrica, a melhoria das vias de acesso e a abertura de um posto fronteiriço com a Africa do Sul, naquela região, para facilitar o escoamento dos produtos para o mercado internacional.

Nesta fase de plantio de árvores, os proprietários estão a usar fontes alternativas de energia (diesel), mas as fases subsequentes vão impor a necessidade de mais corrente eléctrica e água, a medida em que as árvores forem crescendo.

As exportações, destinadas ao mercado europeu, deverão de sair pela Africa do Sul, porque Moçambique ainda não possui ainda a tecnologia apropriada para o processo de esterilização, pelo que devem passar os produtos antes de entrar para o mercado internacional.

O governo do distrito de Matutuine está muito satisfeito com o projecto e afirma que o mesmo vai estimular e acelerar o desenvolvimento, assim como diversificar a oferta de emprego naquele posto administrativo que ainda se debate com muitas dificuldades.

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