O número de cubanos que deixaram o país aumentou fortemente nos últimos anos, informou o governo, esta Quarta-feira (31), atingindo níveis não vistos desde 1994, quando dezenas de milhares de pessoas lançaram-se ao mar em barcos frágeis e botes improvisados.
Separadamente, o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou, esta Quarta-feira (31), que está a estender a duração da maioria dos vistos de visitantes para os cubanos, de seis meses a cinco anos, o que lhes permitirá fazer várias viagens para o país nesse período.
Em Janeiro, Cuba flexibilizou as restrições para seus cidadãos viajarem ao exterior, tornando mais fácil e mais barato viajar e também o retorno daqueles que tinham emigrado. O país também eliminou o confisco de bens de quem deixar o país.
Em teoria, as mudanças em ambos os países deveriam facilitar as coisas para os cubanos não só viajarem, mas para permanecer e trabalhar nos Estados Unidos e voltar para a ilha comunista quando quiserem.
Segundo o relatório demográfico anual de Cuba para 2012 (here), 46.662 cubanos emigraram de forma permanente no ano passado, a maior cifra anual desde que mais de 47 mil pessoas deixaram a ilha em 1994.
Nos últimos cinco anos, os cubanos emigraram numa média anual de 39 mil pessoas, segundo o relatório, a média mais alta num período similar desde os primeiros anos da revolução liderada pelo ex-presidente Fidel Castro em 1959.