A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) define 2011 como ano de aceleração das reformas para “produzirem resultados significativos sobre a melhoria do ambiente de negócios”, segundo Alima Hussein, nova directora executiva daquela agremiação que congrega 64 associações económicas de 50 a 350 membros cada.
Na sua dissertação sobre objectivos da CTA para 2011, Hussein disse que a sua organização vai ainda monitorar o grau de implementação das referidas reformas por forma a avaliar em cada momento o seu impacto na economia doméstica.
“É importante sensibilizar e envolver o sector privado nacional, dos diversos sectores de actividade, da importância em participar activamente nas discussões sobre as reformas de políticas, que directa ou indirectamente afectam a sua vida empresarial”, indicou Hussein.
Ela convidou os agentes económicos a se envolverem neste processo, através dos vários órgãos criados pela CTA, a nível nacional, realçando que todo este trabalho irá tornar a CTA numa instituição “cada vez mais abrangente” no que concerne às posições tomadas e apresentadas ao Governo durante encontros regulares sobre a reforma.
Capacitação & sustentabilidade
Ainda na sua dissertação sobre actividades eleitas como prioritárias em 2011, a nova directora executiva da CAT disse que outra acção a levar a cabo este ano está relacionada com a consolidação do movimento associativo, uma vez que algumas destas 64 organizações de base precisam de passar por um processo de capacitação para permitir que se fortifiquem em termos de boa governação, assim como a sua relevância na ligação com os seus membros.
“É importante que as associações estejam devidamente organizadas para permitir que as informações que são enviadas a estas cheguem aos seus membros e destas à CTA para produção de posições consensuais e desenvolverem serviços que sirvam de motivo para reter e atrair os seus membros”, advertiu a substituta de Orlando da Conceição no posto de director executivo da CTA.
Disse a seguir que a experiência demonstra que as associações devidamente organizadas conseguem congregar um número considerável de membros e até obter financiamento de parceiros de cooperação para desenvolverem as suas actividades ou projectos.
No que concerne à sustentabilidade da CTA, Alima Hussein disse que são cada vez maiores as necessidades financeiras da sua organização derivadas da descentralização em curso para desenvolver “em pleno” as suas actividades.
Para o efeito, “é necessário que a CTA caminhe para uma fase de autosustentabilidade financeira”, permitindo que ela continue a realizar as suas actividades e a representar os interesses do sector privado dentro e fora do país.
A CTA conta com projectos geradores de receitas, esperando que no presente ano venha a financiar 50% das suas actividades através de receitas próprias.
Alima Hussein, formada em Gestão e Administração de Empresas, foi indicada directora executiva da CTA pelo Conselho Directivo desta agremiação presidida pelo empresário Salimo Abdula.