As autoridades de educação insistem que o ensino à distância constitui a solução para redução da pressão de vagas na 8ª e 11ª classes, referentes ao primeiro e segundo ciclos do ensino secundário em Moçambique.
Segundo o porta-voz do Ministério da Educação (MINED), Eurico Banze, para o presente ano lectivo serão abertas 15 mil vagas para o ensino a distância em todo o país, o que representa uma redução em mais de metade, comparativamente ao número disponibilizado em 2011.
No ano transacto, o MINED estabeleceu como meta a inscrição de cerca de 36 mil alunos no ensino secundário. Porém, deste número apenas pouco mais de quatro mil aderiram.
A província de Nampula, no norte de Moçambique, apresentou o maior número de alunos interessados, num total de 1.861 alunos.
Aliás, a mesma foi pioneira na introdução do ensino a distância, tendo uma experiência acumulada de mais de sete anos. Apesar disso, não conseguiu alcançar a meta prevista que preconizava a inscrição de acima de 3.500 alunos.
Segundo Banze, o fracasso registado em 2011, em termos de adesão, deveu-se ao facto de não se ter compreendido, a nível da educação, a amplitude da modalidade de ensino, porque, caso contrário, as coisas irim mudar a partir deste ano.
“Em 2011, o ensino à distância estava numa fase de arranque e todos os envolvidos anda não tinham compreendido a importância e a dimensão do ensino à distância. O que fizemos foi trabalhar com os colegas, a partir dos directores de ecolas e de serviços distritais de educação e cultura para mostrar que há necessidade de maior utilização destas instituições”, explicou a fonte.
Segundo Banze, para garantir o sucesso do modelo de ensino, o MINED está a produzir materiais didácticos, formar professores e pessoal que deverá fazer o acompanhamento dos alunos.
“‘Estamos a fazer de tudo visando garantir que se assuma o ensino a distância como a alternativa principal de formação e educação de jovens” frisou.
O porta-voz do MINED acrescenta que “os problemas de vaga vão prevalecer para 8/a e 11/a classes este ano lectivo e o MINED está a envidar esforços a várias níveis para reduzir a pressão. O ensino à distância é uma solução à pressão de vagas nessas classes e este ano prevemos ter 15 mil estudantes inscritos”.
Outras alternativas avançadas pelo MINED consistem na colocação dos jovens no ensino técnico-profissional, criar condições para que os mesmos possam frequentar cursos profissionalizantes de curta duração nos centros de desenvolvimento de competências e/ou nas escolas e institutos politécnicos.
A nível do ensino técnico-profissional, mais três instituições vão entrar em funcionamento neste ano lectivo. Trata-se do Instituto médio agro-industrial de Salamanga, no distrito de Matutuine, província de Maputo, bem como as escolas profissionais de Macomia, em Cabo Delgado, e de Mugeba, na Zambézia.
Assim, cerca de 100 estabelecimentos de ensino técnico-profissional públicas e privadas existentes no país poderão albergar um total de 50 mil estudantes, dos quis quatro mil serão novos ingressos.
“Estamos a criar condições para que os graduados possam fazer cursos profissionais. Temos no país um total de nove centros de desenvolvimento de competências, onde os jovens podem fazer cursos profissionais de curta duração”, reafirmou Banze.
Para o presente ano lectivo, o MINED espera abranger cerca de 1.080 jovens, assim como prevê cursos de curta duração que se vão realizar em escolas e/ou institutos politécnicos com a participação de 1.620 jovens.
A fonte acrescentou igualmente que está em curso o processo de matrículas para novos ingressos, com o termo previsto para o dia 10 do corrente. As aulas iniciam no 16 do corrente mês, mas a abertura solene está prevista para o dia 13.
