Uma criança de nove anos de idade perdeu a vida e o seu progenitor ficou gravemente ferido em resultado de uma invasão à sua residência, alegadamente perpetrada por quatro pessoas desconhecidas e em parte incerta, na sexta-feira (14) passada, no distrito de Chibabava, província de Sofala.
A criança morreu em consequência de ter inalado bastante fumo quando a moradia dos pais pegou fogo, que se presume que tenha sido ateado deliberadamente e com fim maléfico.
A vítima sobrevivente, na altura socorrida para o Hospital Central da Beira (HCB), responde pelo nome de Alfredo Vilanculos e é secretário do 4o bairro do posto administrativo de Muxúnguè.
A Polícia, como de costume, acredita tratar-se de homens armados supostamente da Renamo, que atearam fogo na casa em alusão e efectuaram vários disparos numa altura em que as vítimas se encontravam a dormir.
“Eram quatro homens com fardamento azul e boina”, disse Manuel, que, de acordo com os médicos daquela unidade sanitária, não corre risco de vida, pois o projéctil perfurou e saiu sem atingir os órgãos internos vitais.
Segundo a vítima, por volta das 23h00, um grupo de malfeitores deitou abaixo a porta da sua residência com recurso a um machado, o que criou pânico na família. “Tentei fechar a porta com a mesa mas não consegui”.
Os presumíveis homens armados dividiram-se pela casa, como forma de impedir a fuga dos ocupantes. “Um posicionou-se na janela do quarto e o outro na porta e começaram a deitar gasolina e acenderam tudo”.
Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse a jornalistas, no habitual briefing sobre as ocorrências semanais, que a invasão à habitação do cidadão em causa, o que culminou em morte, é acção dos homens armados da Renamo.