Depois de obter permissão para entrar no bairro de Baba Amr, em Homs, Quarta-feira, um comboio de ajuda humanitária do Crescente Vermelho sírio descobriu que a maioria dos moradores havia fugido.
Além disso, a chefe da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos humanitários, Valerie Amos, conversou com autoridades sírias na capital do país, Damasco.
Amos, que tivera a autorização para entrar na Síria, negada semana passada, chegou para uma missão de três dias a fim de tentar persuadir as autoridades a conceder acesso livre às equipes de ajuda humanitária para que forneçam assistência aos civis.
Ela conseguiu entrar em Homs na tarde desta Quarta-feira. Um comboio de ajuda da Cruz Vermelha não consegue entrar em Baba Amr desde que chegou a Homs, Sexta-feira passada, um dia depois da retirada dos combatentes rebeldes, submetidos a quase um mês de bombardeio pelas forças sírias.
A equipe de ajuda humanitária do Crescente Vermelho sírio, porém, que entrou em Baba Amr, Quarta-feira, pela primeira vez em dez dias, descobriu que a maioria dos moradores fugiu.
“O Crescente Vermelho Árabe Sírio permaneceu dentro de Baba Amr por cerca de 45 minutos. Eles descobriram que a maioria dos moradores havia deixado Baba Amr e partido para áreas já visitadas pelo CICV e pelo Crescente Vermelho Árabe Sírio, última semana”, disse o porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Hicham Hassan, à Reuters em Genebra.
As outras áreas mencionadas situam-se em Homs e no vilarejo próximo de Abel, onde os funcionários do CICV e do Crescente Vermelho distribuíram ajuda, Quarta-feira, pela segunda vez, desde Domingo, disse ele.
“Ela (Amos) acabou de concluir uma reunião com o Ministério dos Assuntos Estrangeiros e agora está a caminho de Homs”, disse Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, em Genebra.
O Ministério das Relações Exteriores sírio confirmou que Amos conversou com o chanceler Walid al-Moualem, mas não deu mais detalhes.
A agência estatal de notícias síria Sana disse que o ministro salientou que a liderança do país estava a fazer o seu melhor para atender às necessidades dos civis, apesar do peso das “injustas sanções” impostas por alguns países árabes e ocidentais.