No âmbito da promoção do seu primeiro trabalho discográfico intitulado Coros Usados, lançado no dia 19 de Fevereiro, a banda Cream Ni Va Pfana (Cream e os rapazes) realiza, nesta sexta-feira, 21 de Março, um concerto a ter lugar no espaço Café Camissa, adstrito ao Núcleo de Arte, em Maputo. O evento começa às das 18 horas.
No show que contará com a participação de rappers moçambicanos como Blaze, Junior, Blow e a poetisa Anabela, a banda Cream Ni Va Pfana pretende animar os seus admiradores com uma noite de Hip Hop e Jazz, num evento preparado ao mínimo detalhe.
Depois do concerto realizado no palco do Café Gil Vicente, no contexto da publicação do seu primeiro trabalho discográfico, com o título Coros Usados, o espectáculo desta sexta-feira, 21 de Março, é o segundo que acontece ao longo de 2014. Cream leva ao público uma fusão de Hip Hop e Jazz, como forma de mostrar que é possível gerar uma diversidade de ritmos e géneros fundindo-os ao Hip Hop.
Embora a sua relação com a música tenha iniciado há bastante tempo, Cream só começou a gravar as suas composições no ano 2000. Ele participou no maior espectáculo de Hip Hop denominado “Renascimento da Juventude”, que decorreu no Centro Cultural Franco-Moçambicano, sob a organização da então Banda Podre.
O concerto do dia 21 contará com a participação especial do músico Tijay, muito conhecido devido ao seu estilo particular na interpretação do Afro-Jazz. Espera-se ainda a actuação do rapper moçambicano, Tira-teimas, muito conhecido devido à crítica social que faz nas suas músicas.
Mini-biografia
De nome oficial Hélio Nhangumbe, Cream começou a dedicar-se ao Rap por influência do seu primo OGC, em 1997, que apreciava imenso as músicas do grupo português Black Company. A partir daí, com enfoque para o ano seguinte, instalou-se entre eles a vontade de imitar as obras de vários artistas, até que um grupo o convida a ingressar numa colectividade de rappistas do seu bairro.
Em 2002, no âmbito das iniciativas da Coca-Cola, Cream venceu um certame musical envolvendo várias escolas. Em resultado da vitória, no mesmo ano, o artista junta-se a um grupo de rappers da cidade da Matola de nome Smach com o qual teve a sua primeira experiência na gravação musical. Em 2004, acompanhado por Blow, este rapper forma o grupo The Slaver lançando-se no mercado assumindo o nome Cream.
Seis anos depois, em 2010, o artista começa a seguir uma carreira a solo, ao mesmo tempo que capitaliza a ideia de gravar as suas músicas. Neste sentido, através da arte de cantar, Cream resgata algumas experiências vividas no passado, trazendo-as para a actualidade, a fim de projectá-las no espaço e no tempo, com o objectivo de contribuir para a evolução da cultura Hip Hop em Moçambique.
O resultado dessa vontade é a gravação do disco Coros Usados, uma obra produzida, quase totalmente, pelo seu irmão Finger Master. A criação inclui uma faixa musical em que participam artistas como Da Pege, Follyka e Fresh Boy. O projecto Cream Ni Va Pfana, por si dirigido, é um grupo constituído por rappers jovens moçambicanos que interpretam diversos estilos musicais com enfoque para o Hip Hop, o Jazz e o Afro.
