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CPJ condena Uganda por bloqueio de redes sociais nas eleições

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) condenou as autoridades ugandesas por terem reduzido o acesso às redes sociais durante as eleições presidenciais de quinta-feira.

Num comunicado transmitido sexta-feira à PANA em Dakar, no Senegal, o CPJ declarou que a Comissão Ugandesa de Comunicações citou uma ameaça não precisada à segurança nacional para justificar o bloqueio do acesso ao Facebook, Twitter e WhatsApp por volta das 8 horas locais, uma hora depois do início da votação.

Ele sublinhou que o acesso aos serviços está bloqueado para os telefones móveis às 9 horas e 15 minutos locais. “Estas plataformas de redes sociais são um instrumento importante para a recolha e a publicação de informações no Uganda no dia do escrutínio”, sublinhou o diretor executivo adjunto do CPJ, Robert Mahoney.

“O seu encerramento levanta suspeitas que irregularidades no voto não podem ser informadas em tempo oportuno. Esta censura mancha o processo democrático”, deplorou.

Segundo o CPJ, a rede mundial de telecomunicações MTN, forncedor líder de serviços de telefonia móvel no Uganda, declarou no Twitter que a Comissão exigiu a deativação de todas as redes sociais e dos serviços de transferência móveis de dinheiro devido à “ameaça à ordem e segurança públicas”.

O comunicado acrescentou que não estava imediatamente claro se todas as operadoras de telefonia móvel se conformaram com a ordem.

O CPJ citou igualmente o Presidente Yoweri Museveni, que busca estender o seu mandato de 30 anos, num discurso emitido pela televisão quinta-feira nas redes sociais que “algumas pessoas abusam destes meios. Sabem como eles os usam para dizer mentiras. Se quiserem um direito usem-no correctamente”.

Por seu lado, o CPJ declarou que documentou uma série de medidas repressivas contra a imprensa nas semanas que antecederam as eleições, incluindo agressões de jornalistas, encerramento de estações de rádio e detenção dum locutor de rádio durante o seu programa.

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