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Covid-19: Educação não sabe quantas escolas estão prontas para aulas presenciais em Moçambique, Saúde não quer testar professores e alunos

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Há menos de 1 semana da abertura do Ano Escolar de 2021 o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano não sabe quantas das 14 mil escolas primárias e secundárias reúnem as condições básicas para aulas presenciais cumprindo as medidas de prevenção da pandemia respiratória. Entretanto o Ministério da Saúde reiterou “não temos indicação que seja custo benéfico fazer uma testagem massa nas escolas” e, “das evidências anteriores as crianças não eram um foco importante na dinâmica da pandemia”.

Quase 1 ano depois da interrupção do Ano Lectivo de 2020, como medida de prevenção da pandemia respiratória causada pelo novo coronavírus, as aulas presenciais vão retomar em Moçambique na próxima segunda-feira (22).

Contudo, e após gastar 47.173.463,72 dólares na reabilitação dos sistemas de água, saneamento e casas de banho de algumas centenas de escolas secundarias o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano não sabe quantas das 667 reúnem todas as condições básicas para higiene dos 2 milhões de estudantes.

Ademais o sector desconhece quantas das 13.337 escolas primárias estão dotadas de água corrente para que os 5,9 milhões de crianças que vão regressas às aulas presenciais possam lavar as mãos, medida básica de prevenção da transmissão do novo coronavírus.

Gina Guibunda, a porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, sabe apenas que o Governo reforçou o fundo de apoio directo às escolas com 627 milhões de meticais para a aquisição de material de higienização, verba que admitiu ser insuficiente e por isso o sector está a contar com o apoio dos Parceiros de Cooperação.

Aliás a Educação está a procura de 1,6 bilião de meticais para compensar aos 88.909 professores que terão que se desdobrar em turmas adicionais e leccionar aos sábados por forma a assegurar que pelo menos cada turma, habitualmente com uma média 60 alunos no ensino primário, funcione com apenas 25 alunos para que possa existir algum distanciamento físico.

Importa recordar que das 110 mil turmas do ensino primário pelo menos 10 mil funcionam ao relento.

“Crianças não eram um foco importante na dinâmica da pandemia”

Entretanto, com a 2ª onda da pandemia em desaceleração, o Ministério da Saúde voltou a afirmar que não pretende testar os professores e alunos do Ensino Público em Moçambique. “Nós não temos indicação que seja custo benéfico fazer uma testagem massa nas escolas porque o protocolo que as escolas receberam é de rastreio sindrómico, os professores e as crianças que estiverem a sentir-se mal não devem fazer-se a escola e há toda uma equipa de Saúde Escolar que vai acompanhar a situação dessas pessoas”, explicou ao @Verdade o Director Nacional para a Área de Inquérito e Monitoria de Saúde, Dr. Sérgio Chicumbe, que enfatizou “não nos parece que seja necessário fazer uma testagem em massa ou inquéritos sero-epidemiológicos”.

O Dr. Chicumbe, falando em conferência de imprensa, nesta segunda-feira (15), em Maputo, esclareceu ainda que “antes da testagem há uma série de acções de consciencialização, educação e práticas que são muito mais importante que estejam implementadas nesses contextos do que uma fotografia momentânea na base de testagem”.

“Das evidências anteriores as crianças não eram um foco importante na dinâmica da pandemia, mas elas estavam sobretudo em casa, caso haja uma mudança na percepção e haja necessidade de levar à cabo rastreios em massa nós iremos fazer, neste momento não estamos a projectar intervenções nesse sentido”, reiterou o Director Nacional para a Área de Inquérito e Monitoria de Saúde.

As evidências anteriores referem-se ao período em que retomaram aulas presenciais, entre Outubro de 2020 e Fevereiro de 2021, para cerca de 800 mil alunos da 7ª, 10ª e 12ª classes, desse universo apenas 68 testaram positivo para a covid-19 assim como 84 professores.

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