A Costa do Marfim joga esta sexta- feira no Estádio Chiazi de Cabinda, contra o Gana, o seu jogo determinante quanto ao seu futuro na XXVII edição do Campeonato Africano das Nações (CAN) 2010. Esta partida prevista para ser a mais importante do Grupo B tornou-se determinante desde o empate (0-0) dos Elefantes face aos jogadores do Burkina Faso.
Em caso de uma derrota, o CAN estará praticamente terminado para a Costa do Marfim , pois um empate basta então para o Burkina Faso face ao Gana para passar na segunda fase. Porém, um empate condenaria necessariamente Didier Drogba e os seus parceiros, portanto é uma partida sob alta pressão para os Elefantes.
Os responsáveis governamentais e desportivos marfinenses avaliaram bem o perigo que espreita a equipa, e nos últimos dois dias tem estado junto dos jogadores para lhes reconfortar e sensibiliza-los para os desafios desta competição para o seu país que luta para livrar-se duma longa crise política.
Aliás, os próprios jornalistas marfinenses, naturalmente muito confiantes na sua equipa, demonstram agora uma certa prudência, criticando a falta de combatividade e um moral fraco dos seus jogadores. “Se fosse a Costa do Marfim a perder por 0-4 como o Mali, nunca conseguiria empatar”, afirma um costa marfinense para ilustrar a sua afirmação.
A tarefa que espera a Costa do Marfim na noite desta sexta-feira está no entanto largamente ao seu alcance. O seleccionador, Vahid Halilozic, alinha praticamente a mesma equipa que disputou as eliminatórias combinadas do CAN e do Mundial de 2010, com a excepção notável, no entanto, de Romaric Ndri cuja ausência parece todavia pesar.
Com efeito, diante da equipa marfinense, haverá uma equipa ganense privada de Sulley Muntari e de Stephan Appiah, mas poderá contar com Michael Essien, que acaba de juntar-se aos seus parceiros, e Gyan Assamoah. O grupo ganense possui seis juniores campeões do mundo recentemente no Egipto.
Com os Ganenses que têm a reputação de não fechar o jogo, os costa marfinenses poderão exprimir-se, contrariamente ao jogo contra os Burkinabes em que lhes faltavam espaço. Este jogo entre vizinhos da África Ocidental anuncia-se muito apertado apesar de tudo. Mas como o presidente da Federação do Costa do Marfim de Futebol, Jacques Anouma, o lembrou aos jogadores, uma eliminação dos Elefantes seria inaceitável.