As forças conjuntas de Coreia do Sul e Estados Unidos elevaram seu nível de alerta militar nesta quinta-feira, após a Coreia do Norte suspender o armistício firmado em 1953 entre as duas Coreias, informou o ministério sul-coreano da Defesa.”Às 07H15 desta quinta-feira, o comando das forças conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul elevaram o alerta ao nível dois”, revelou o ministério da Defesa.
“A vigilância sobre a Coreia do Norte será reforçada com aviões e a mobilização de pessoal”, disse o porta-voz do ministério, Won Tae-Jae. Segundo o porta-voz, a vigilância vai se concentrar ao longo da Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias, sobre a zona de segurança conjunta na cidade de Panmunjom e na região em disputa no Mar Amarelo. “Vamos manter uma sólida posição defensiva para prevenir provocações militares do Norte”, disse Won. “Os militares vão opor-se firmemente às provocações”.
Os Estados Unidos têm um contingente de 28.500 homens estacionado na Coreia do Sul como força de dissuasão ao Norte. Este é a quarta vez, desde 1982, que o alerta entre as forças americanas e sul-coreanas é elevado ao nível 2, destacou Won Tae-Jae.
O alerta precedente de nível 2 ocorreu em 2006, após o primeiro teste nuclear da Coreia do Norte. Pyongyang ameaçou na quarta-feira a Coreia do Sul com uma resposta militar, após a adesão de Seul ao Programa de Segurança contra a Proliferação de armas de destruição em massa, e comunicou a suspensão do armistício de 1953, que encerrou a Guerra da Coreia.
O regime comunista informou que considera uma declaração de guerra a decisão de Seul de aderir ao Programa de Segurança contra a Proliferação. “Qualquer ato hostil contra nossa República, em particular deter ou inspecionar nossos navios, se traduzirá de imediato em uma forte resposta militar”, advertiu Pyongyang. Lançado em 2003 pelos Estados Unidos, o programa contra a proliferação, que teve a adesão de 90 países, autoriza a inspeção em alto mar dos navios suspeitos de transportar material nuclear e outras armas de destruição em massa.
Na segunda-feira, a Coreia do Norte desafiou o mundo com um teste nuclear subterrâneo e o disparo de três mísseis, antes de lançar outros dois mísseis, na terça, e mais um, na quarta.