A Coreia do Norte colocou em alerta seu exército e sua população, esta segunda-feira, com o início das manobras militares entre EUA e Coreia do Sul, e advertiu que responderá a toda provocação militar com um ataque nuclear.
O supremo comando militar do regime comunista norte-coreano divulgou aos meios de comunicação estatais um documento classificando as manobras perto de sua fronteira de “grave ameaça” à paz. Além disso, considerou-as os primeiros passos de uma invasão. O texto prometeu responder “à mínima provocação militar” contra sua soberania com “um ataque sem piedade aos agressores, com todos os meios ofensivos e defensivos, inclusive os nucleares”.
O regime de Pyongyang, que possui armas nucleares, denuncia frequentemente os exercícios militares conjuntos americano-sul-coreanos e ameaça com represálias diante de qualquer violação de sua soberania. No entanto, Washington e Seul destacam que estas manobras são puramente defensivas. Segundo seu costume, os comandos militares dos Estados Unidos e Coreia do Sul notificaram a Pyongyang a realização das manobras, que começarão nesta segunda-feira e terminarão em 27 de agosto.
Quase 10.000 militares americanos de bases tanto em solo sul-coreano como em outros países e aproximadamente 56.000 soldados sul-coreanos tomarão parte nas mesmas. Os responsáveis militares sul-coreanos e americanos reiteraram que as manobras são defensivas e que não representam uma provocação de forma alguma.
A Coreia do Norte, por sua vez, destacou que as manobras sentam as bases de um novo cenário para uma invasão. Os Estados Unidos têm 28.500 militares na Coreia do Sul.