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Contribuição da pecuária na economia é insignificante

O fraco investimento na multiplicação de raças para o incremento da produtividade de animais, a pouca disponibilidade de água e alimentos, os altos custos de suplementos e medicamentos para o seu tratamento, a limitada cobertura dos serviços de extensão veterinária, são alguns factores que limitam a contribuição da pecuária para a economia moçambicana.

Dados do Ministério da Agricultura (MINAG) sobre a pecuária no país indicam que 54 porcento dos agregados familiares criam aves, 21 porcento pequenos ruminantes como cabritos, 12 porcento gado suíno e seis porcento criam bovinos. No entanto, apesar do grande potencial deste sector, ele contribui apenas em 1.7 porcento do Produto Interno Bruto (PIB).

O director da Economia no MINAG, Raimundo Matule, disse que o deficiente sistema de comercialização, resultante, também, da fraca rede de infra-estruturas, matadouros, crédito para a maximização da pecuária retardam o aumento da produção e sustentabilidade do sector em alusão.

Os outros problemas que minam a pecuária em Moçambique, segundo o MINAG, são a insuficiência de técnicos ao nível distrital e provincial, a exiguidade de equipamento, a inexistência da vigilância epidemiológica, o fraco controlo dos efectivos pecuários, a actuação limitada dos veterinários, dentre outros.

Por sua vez, o técnico da Direcção Nacional de Serviços Veterinários (DNSV), Gércio Machel, explicou que, apesar dos constrangimentos indicados, o crescimento médio da produção anual de carnes situa-se nos 17 porcento e nove porcento para ovos e leites.

Actualmente 32.5, 83 e 74 porcentos de carne, leite e ovos, respectivamente, são importados dos países vizinhos para cobrir as necessidades de consumo destes produtos, apesar de a produção de carne bovina ter passado de 1.500 toneladas, em 2000, para 9.357, em 2009, concluiu Gércio Machel.

Apesar destes obstáculos, a produção pecuária tende a aumentar e, por conseguinte, tem estado a reduzir importação para responder à demanda no mercado nacional.

Esta informação foi tornada pública nesta quinta-feira (19), em Maputo, no decurso do seminário de apresentação dos dados do Inquérito Agrícola Integrado (IAI).

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