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Continuam enterros no Cemitério de Lhanguene

Uma média de sete enterros diários continua a ser realizada no Cemitério de Lhanguene, em Maputo, local oficialmente encerrado no dia 1 de Dezembro de 2012, suscitando assim uma série de especulações no seio do povo.

A versão mais recorrente da boca do povo é de que o Cemitério de Lhanguene continua a receber mortos, desde que os seus familiares tenham capacidade financeira para evitar a “longa marcha” para o novel Cemitério de Michafutene, situado a pouco mais de uma dúzia de quilómetros do que era oficialmente usado para todos até Dezembro passado.

Todavia, a versão oficial é de que os enterros que ainda se realizam no Cemitério de Lhanguene não têm nada a ver com posses financeiras ou pertencerem a “apelidos sonantes”, mas sim obedecem a certos condicionalismos de natureza lícita.

A alegação do director municipal de Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos e Salubridade do Conselho Municipal da cidade de Maputo, João Mucavele, é de que são “normais” os enterros que (ainda) se realizam no cemitério oficialmente declarado como encerrado há mais de um mês.

Mucavele sublinhou que tal normalidade se deve ao facto de os enterros se realizarem em campas pertencentes e/ou já reservadas por alguém ou por uma determinada família.

Aquele responsável acrescentou que “o Cemitério de Lhanguene não vai ser fechado completamente tão já porque muitos residentes das cidades de Maputo e Matola consideram que o novo Cemitério de Michafutene fica distante”.

Novas taxas

João Mucavele disse que o precedente de reservas de espaço não se deverá repetir no Cemitério de Michafutene, aberto logo a seguir ao encerramento do de Lhanguene.

João Mucavele revelou, por outro lado, que para desencorajar a prática, a edilidade de Maputo “está a equacionar” o agravamento da taxa de reservas de campas no Cemitério de Michafutene para valores que não especificou, por se tratar de “matéria em estudo”.

O informante afiançou que no Cemitério de Michafutene é também realizada uma média diária de sete enterros, alegadamente, porque muitos cidadãos recorrem a um outro cemitério na zona peri-urbana de Maputo, o de Zimpeto, também com a mesma alegação dos que insistem no de Lhanguene: longa distância.

Antes de ser dado como encerrado, o Cemitério de Lhanguene era palco de uma média de 40 enterros formais/dia, excluindo os corpos que são depositados na vala comum.

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