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Consenso na ONU para ajudar os país pobres a superar a crise econômica

Uma conferência da ONU foi concluída esta sexta-feira com um consenso sobre a necessidade de ajudar os países pobres a enfrentar a crise econômica mundial, apesar das reticências demonstradas pelos Estados Unidos em relação a algumas recomendações consideradas essenciais sobre os meios de chegar a isto.

Um documento foi aprovado por aclamação ao final desta reunião de três dias, marcada por apelos aos países do Sul a participarem de uma profunda reforma das instituições financeiras multilaterais (FMI, Banco Mundial) que lhes desse mais direito à voz.

 

O seu organizador, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D’Escoto, aplaudiu este resultado, vendo nele o reconhecimento de que os países em desenvolvimento devem desempenhar um papel no advento de uma nova arquitetura financeira mundial. As nações em desenvolvimento, ou seja, a maioria dos 192 Estados membros da ONU, argumentam que pagam o preço pelas consequencias de uma crise criada pelo mundo industrializado.

 

O embaixador britânico John Sawers considerou a conferência “construtiva porque se apoiou nos resultados da reunião do G20” de abril passado. Isto será levado mais longe durante futuros acontecimentos, como a cúpula do G8 do mês que vem e a do G20 em Pittsburgh em setembro.

A conferência reuniu representantes de 120 países, com forte coloração latino-americana. O Ministro brasileiro Celso Amorim participou, assim como o presidente do Equador, Rafael Correa. O documento final pede ao G20 (o grupo de nações industrializadas e emergentes) a honrar o compromisso de abril e fornecer 1,1 bilhão de dólares para a retomada da economia mundial, e atendimento a necessidades financeiras das nações mais pobres.

O texto afirma a necessidade “de reformar de instituições surgidas em Bretton Woods, em 1944 (Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial) com uma base de representação justa e equitável dos países em desenvolvimento, para aumentar sua credibilidade e a responsabilidade”. O delegado americano John Sammis, no entanto, destacou, após a aprovação do texto, que “uma decisão de reforma das instituições financeiras internacionais, ou de seu modo de funcionamento, é atributo dos acionistas e de seus respectivos conselhos de administração.

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