O médico que está no centro das especulações sobre as causas da morte de Michael Jackson é considerado um cardiologista experiente, contratado para acompanhar de perto as condições físicas do cantor ante seu esperado retorno aos palcos.
Conrad Murray, de 51 anos, goza de um registro disciplinar inatacável, estando licenciado para praticar a medicina na Califórnia, no Texas e em Nevada, onde fechou, recentemente, seu consultório, para trabalhar em tempo integral para Jackson.
Outros informes na imprensa americana indicam que Murray tem um histórico de problemas financeiros desde 1992 e que havia lidado ano passado com uma série de problemas judiciais que o obrigaram a desembolsar mais de 400 mil dólares. Murray tornou-se personalidade potencialmente crucial na investigação sobre as causas exatas que provocaram a paragem cardíaca no cantor de “Thriller”, que teria recebido a injeção de um medicamento contra a dor, o Demerol – narcótico sintético semelhante à morfina – por parte de seu médico pessoal, pouco antes da morte.
Esta versão foi lançada pelo site TMZ.com, que anunciou com exclusividade a morte e possui fonte no clã Jackson. Horas depois da morte de Michael Jackson, o automóvel de Murray foi apreendido pela polícia na mansão alugada em Bel-Air onde o Rei do Pop teria sofrido um colapso. Especula-se sobre se o médico teria sido a última pessoa que o viu vivo.
A polícia de Los Angeles informou esta sexta-feira que desejava interrogar Murray pela segunda vez, depois de ter falado com ele quinta-feira, esclarecendo, no entanto, que o médico não está sob investigação criminal. “Faremos uma rigorosa entrevista, para discutir com ele algumas perguntas que surgiram após a morte de Michael Jackson e esperamos que o médico seja capaz de lançar alguma luz sobre algumas informações …” incertas, disse o chefe adjunto do Departamento de Polícia de Los Angeles, Charlie Beck.
O jornal Los Angeles Times citou fontes dos organizadores de seus próximos shows afirmando que Jackson “insistiu enfaticamente” para que Murray fosse contratado como parte de sua equipe, durante seu grande regresso aos palcos. Randy Phillips, diretor da AEG Live, a empresa de promoções, disse ao jornal: “Michael me disse pessoalmente que confiava neste homem”.
Phillips precisou que Murray havia assistido aos ensaios em Los Angeles e que “parecia cuidar muito de Michael. Era muito profissional”, disse o promotor de espetáculo.