O Congresso da Fifa adoptou, esta Sexta-feira (31), por 204 a 1 votos, novas medidas contra o racismo no futebol, prevendo várias novas punições a infractores.
As propostas foram apresentadas por Jeffrey Webb, presidente da Concacaf (entidade que dirige o futebol das Américas do Norte, Central e Caribe) e da Força-Tarefa Antirracismo e Discriminação.
As novas regras prevêem a possibilidade de perda de pontos, exclusão de campeonatos e rebaixamento para equipes envolvidas com gestos racistas; a incorporação de delegados nas partidas para fiscalizar situações de discriminação; suspensão mínima de cinco jogos para atletas que cometerem abusos raciais; penalidades financeiras mais rigorosas; e a adopção de um disque-denúncia para que os jogadores e os adeptos relatem incidentes.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, manifestou surpresa com o facto de haver um voto contrário, mas depois atribuiu isso a um erro no sistema electrónico. No seu discurso da Sexta-feira ao Congresso, Blatter disse que alguns incidentes racistas ocorridos este ano nos estádios “lançam uma longa sombra sobre o futebol”.
“Estou a falar da política do ódio – racismo, ignorância, discriminação, intolerância, preconceito tacanho… Podemos mandar uma mensagem forte aos racistas de que o seu tempo acabou.”