Confrontos entre rebeldes da Al Shabaab e forças do governo no norte da capital da Somália mataram ao menos 52 civis e deixaram muitos feridos na última semana, disse um grupo local de direitos humanos esta terça-feira. A violência em Mogadíscio aumentou desde que homens-bomba da Al Shabaab mataram 73 pessoas que assistiam à final da Copa do Mundo na capital de Uganda, e os inflamados conflitos devem ser um assunto importante da cúpula da União Africana (UA) em Campala na próxima semana.
Tropas de Uganda e Burundi compõem os 6.300 soldados da força da UA que protegem os principais locais de Mogadíscio, e há pedidos para ampliar o mandato para que possam continuar a ofensiva contra os insurgentes ligados à Al Qaeda. “É um confronto interminável entre forças do governo e a Al Shabaab no norte de Mogadíscio”, disse à Reuters Ali Yasin Gedi, vice-presidente do grupo somali de direitos humanos Elman. “Pelo menos 52 pessoas morreram e 129 ficaram feridas nos confrontos dessa semana.”
A Al Shabaab e outra milícia islâmica estão em confronto com o governo somali, apoiado pelo Ocidente, desde o início de 2007. Eles controlam grande parte da capital, mas não conseguiram até agora depor o presidente Sheikh Sharif Ahmed.
A força da UA, conhecida como Amisom, foi ampliada em momentos importantes para proteger o palácio presidencial, e Uganda disse na semana passada que está pronta para enviar mais 2 mil tropas para ajudar no combate aos rebeldes.