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Confitos familiares aumentam vulnerabilidade de menores

A província de Nampula continua a registar mais casos de crianças de rua, aumentando, consequentemente, o número de menores mendigos na via pública, contrariando, deste modo, a expectativa do governo reduzir a mendicidade daquela camada social.

Lourenço Boene, director provincial adjunto da Mulher e Accão Social, explicou que a subida do número de crianças ainda carentes de apoio humanitário nesta parcela do país, deriva, por um lado, do aumento de casos de separação, divórcio ou abandono por parte dos pais ou encarregados de educação, e, por outro, devido à morte dos seus progenitores.

Dados em poder do jornal Wamphula fax indicam que, em apenas seis meses, aquela instituição registou 229 casos sociais, contra 160 de igual período do ano passado. Dos 229 casos que deram entrada naquele sector social, de acordo com os dados fornecidos pelo nosso entrevistado, 60 tem a ver com o abandono dos respectivos pais, que, em alguns casos, chegam ao ponto de não assumirem a assistência alimentar, médica e medicamentosa dos seus próprios filhos, enquanto nos restantes derivam de diversos conflitos familiares.

De acordo com Boene, a DPMAS em Nampula está, presentemente, a assistir cerca de sete mil crianças em idade escolar enquadradas em 124 centros infantis, incluindo escolinhas comunitárias que funcionam nalguns pontos da província. E revelou que, na assistência de algumas crianças, a sua instituição tem sido, presentemente, apadrinhada por uma organização não governamental portuguesa, denominada Help, que se responsabiliza pelo apoio financeiro para cerca de duas mil crianças em idade de educação pré escolar, inscritas no Infantário Provincial de Nampula e nos Centros Infantis de Ilha de Mocambique, Nacala-Porto, Muecate e Meconta.

Para a redução do índice de mendicidade de menores, a direcção da Mulher e Acção Social está, desde o ano passado, a promover palestras nas comunidades, envolvendo pais e encarregados de educação, com o objectivo de divulgar a lei da família.

De acordo com Lourenco Boene, a Direcção da Mulher e Acção Social de Nampula está, neste momento, a subsidiar em géneros alimentícios cerca de 26 mil pessoas vulneráveis em alimentação, alguns dos quais idosos em estado de extremo desamparo e que vivem nos Centros de Apoio à Velhice, da vila do Mossuril e da cidade de Nampula, para alem de prestar assistância a um número considerável de refugiados acomodados no Centro de Refugiados de Marratane

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