A Organização da Cooperação Islâmica (OCI) apelou quinta-feira à comunidade internacional para a necessidade de pôr termo às violências perigosas, opressão e discriminação de que são vítimas os muçulmanos na República Centro Africana (RCA).
Num comunicado divulgado no seu site oficial, a OCI assinalou a organização duma reunião na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque nos Estados Unidos, com a participação do enviado especial da Organização das Nações Unidas na RCA, Cheikh Tidiane Gadio.
Citado na nota, Gadio, ex-ministro senegalês Dos Negócios Estrangeiros (de 2000 a 2009), exortou as Nações Unidas a garantirem a proteção de todas as comunidades fracas neste país, incluindo os muçulmanos.
Condenou todas as formas de violência na RCA apelando a comunidade internacional a trabalhar para a organização de eleições pacíficas e globais, longe de qualquer discriminação étnica ou religiosa.
Os países membros da OCI devem apoiar, com força, a iniciativa do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, neste país, e “a melhor proteção que podemos levar à comunidade muçulmana na República Centro Africana é continuarmos a participar no financiamento das eleições, na retirada de armas, na instalação dos refugiados e na participação na reconciliação nacional”, defendeu.
Por seu turno, o presidente do Grupo da OCI em Nova Iorque, Mansour al-Aatibi, afirmou que a organização desdobra esforços para chamar a atenção da comunidade internacional e das Nações Unidas sobre a necessidade de se pôr termo às violências perigosas, à opressão e discriminação de que são vítimas os muçulmanos da RCA.
Para o efeito, afirmou que decisões foram tomadas para garantir a protecção dos muçulmanos na RCA das quais as mais significativas dizem respeito à organização de reuniões com o Secretário-Geral e o presidente do Conselho de Segurança da ONU.