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Comissão Política do PDD “dissolve-se” por falta de incentivos em Nampula

A delegação política provincial do partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) em Nampula poderá encerrar as portas, devido à falta de condições de trabalho. Os membros que integravam a Comissão Provincial estão a abandonar gradualmente o partido.

O descontentamento no seio dos membros da Comissão Política provincial do partido de Raúl Domingos, antigo negociador do Acordo de Paz em Moçambique, resulta em larga medida da falta de apoio moral e material.

Em conversa mantida com o @Verdade em Nampula, os quadros do PDD queixaram-se da alegada insensibilidade das estruturas centrais, em relação aos problemas locais e da ausência prolongada do seu líder.

Como prova disso, muitos membros, incluindo os que exerciam cargos de chefia, já não se fazem presentes na delegação do partido, alegadamente porque não existem quaisquer orientações. No interior da Delegação Provincial que, às vezes, serve de centro de acomodação do respectivo presidente da Comissão Provincial, nada se pode notar senão uma pequena secretária e um reduzido número de cadeiras que eram usadas nos encontros de trabalho.

Alguns analistas não descartam a possibilidade de desaparecimento do PDD na vida política nacional, mas Isidro Ali Assane, representante do partido em Nampula, garante que “a formação está a caminhar com os pés assentes no chão”, apesar de dificuldades de ordem financeira.

Isidro reconhece a fraca capacidade de expansão do seu partido. “Não temos condições para podermos cobrir toda a província de Nampula”, afirmou.

Segundo o nosso entrevistado, nas eleições gerais de Outubro de 2014, o PDD concorreu em apenas 15 dos 23 distritos para as Assembleias Provinciais e o Parlamento, depois de Raul Domingos ter visto o seu nome retirado da lista dos concorrentes à Ponta Vermelha. Este esforço não obteve resultado e o PDD não conseguiu sequer um assento nos órgãos fiscalizadores do sistema de governação, o que veio a desmotivar os membros daquela que chegou a ser considerada a segunda maior força política da oposição em Moçambique.

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