Mais de 600 pessoas já morreram em insurgências iniciadas, ano passado, em dois Estados sudaneses que fazem fronteira com o Sudão do Sul, disse, Terça-feira (16), o ministro sudanês do Interior, no primeiro saldo oficial do conflito a ser divulgado.
Os confrontos entre o Exército sudanês e o grupo rebelde MLPS-Norte começaram em Junho de 2011 no Estado petrolífero de Kordofan do Sul, logo antes da independência do Sudão do Sul.
Em Setembro de 2011, a violência espalhou-se para o Estado do Nilo Azul, também fronteiriço com o novo país africano. Os combates levaram mais de 500 mil pessoas a fugirem, e alimentaram tensões entre o Sudão e o Sudão do Sul.
O Cartum acusa o governo sul-sudanês de apoiar o Movimento de Libertação do Povo do Sudão-Norte, algo que o governo do Sudão do Sul nega.
O ministro Ibrahim Mahmoud disse ao Parlamento que 633 pessoas foram mortas desde o ano passado nos dois Estados.
Ele acrescentou que a maioria dos mortos era composta por civis, e que os demais eram soldados do governo. Mahmoud não apresentou uma estimativa sobre a quantidade de baixas entre os rebeldes.
O Sudão do Sul tornou-se independente em Julho de 2011, conforme os termos de um acordo de 2005 que encerrou uma longa guerra civil entre o norte e o sul do antigo Sudão.
Os dois países, no entanto, ainda precisam de resolver várias disputas territoriais, e os seus Exércitos travaram alguns confrontos desde a secessão.

