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Combates no leste da RD Congo ressentidos em Bujumbura

Ecos de explosões de armas pesadas, desde as alturas de Uvira, uma cidade do leste da República Democrática do Congo (RDC), fronteiriça de Bujumbura, fazem-se ouvir esporadicamente até lá, constatou-se no local.

Desde o início desta semana, decorrem combates contínuos entre rebeldes congoleses que se identificam com o grupo “Mai Mai Yakutumba” e soldados das Forças Armadas Congolesas (FARDC).

Uvira, segunda grande cidade de Kivu-Sul, a cerca de 30 quilómetros de Bujumbura, e a mil 200 quilómetros de Kinshasa, a capital congolesa, pode ser o ponto de partida duma rebelião determinada a chegar, dentro de dois meses, a Kinshasa, a capital congolesa, para destituir o regime do actual Presidente congolês, Joseph Kabila, cujo mandato legal terminou desde Dezembro último, segundo observadores da cena política deste país.

No quarto dia dos combates ainda limitados a Uvira, o porta-voz do Exército burundês, o coronel Gaspard Baratuza, veio tranquilizar a opinião pública, indicando que as fronteiras nacionais estavam suficientemente guardadas para conter qualquer perturbação.

As populações ribeirinhas podem continuar a fazer normalmente seus trabalhos diários porque este conflito, é por enquanto “interno no Congo”.

O Congo, vítima das suas abundantes riquezas naturais, para alguns geopolitólogos, já conheceu uma guerra regional, que envolvia sete exércitos de diferentes países dos Grandes Lagos, e outras no seio do próprio regime Kabila, e outras entre rebeliões congolesas entre 1996 e 1997.

Segundo ainda o porta-voz do Exército burundês, “capacetes azuis” da Missão das Nações Unidas para o Congo (MONUSCO) estão de alerta na eventualidade da eclosão de um novo conflito com consequências imprevisíveis nos países vizinhos.

O conflito faz sobretudo recear consequências sociais nefastas no Burundi, já saturado de 40 mil refugiados congoleses.

Alguns destes refugiados chegaram a Burundi desde a precedente guerra civil de 1996 a 1997, período em que o país se chamava ainda Zaire, sob o regime de Mobutu Sese Seko, destituído pela antiga rebelião da Coligação Congolesa para a Democracia (RDC).

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