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Com o plano aprovado, Manuel de Araújo já tem permissão para trabalhar

A Assembleia Municipal de Quelimane (AMQ) aprovou o plano de actividades e orçamento do Conselho Municipal de Quelimane (CMQ), que havia sido devolvido no dia 23 de Fevereiro para efeitos de correcção. Na sessão desta Terça-feira, a Frelimo, com 22 votos, aprovou e a Renamo, com apenas 17 votos, preferiu abster-se, mesmo quando os sinais mostravam o contrário.

Foi um verdadeiro momento de tensão na AMQ. Com esta aprovação, o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, vê aberto o caminho para trabalhar, para tirar Quelimane do buraco como sempre disse e que, na sessão da Terça-feira, voltou a usar as mesmas palavras.

As inquietações da Renamo para não aprovação

A bancada parlamentar da Renamo na Assembleia Municipal de Quelimane, na voz do respectivo chefe, Noé Mavereca, diz que o seu partido não podia votar num documento que, na sua óptica, veio com os mesmos erros que eles haviam sugeridos que fossem supridos.

Dai que, conforme Mavereca, alguma coisa não deve estar bem e o seu partido não pode aceitar tamanhas irregularidades como estas, num documento mãe que vai decidir a vida dos munícipes de Quelimane.

Num outro passo, a fonte sublinhou que o problema, na óptica da sua bancada, prende-se com a equipa que acompanha o edil Manuel de Araújo, que, conforme o entendimento da Renamo, o grupo de vereadores, alguns que já estiveram até na Renamo como membros da Assembleia Municipal, devem estar a “sabotar” e não querem ajudar o edil.

Porque a Frelimo aprovou?

A Frelimo, pelos vistos, não tinha saída neste caso, e a solução foi mesmo de aprovar o plano de actividades e de orçamento do Conselho Municipal de Quelimane.

Como maioria, a Frelimo antes mostrou reservas, quando numa destas vezes, o seu respectivo chefe da bancada, Armando Chagunda, subiu ao pódio para dizer que o plano, mais uma vez, veio como foi.

Aliás, foi o membro Chagunda que, em nome da Frelimo, interviu muitas vezes, perante uma plateia do seu partido, pouco apoiante.

Foram poucas vezes, diga-se, que os colegas de Chagunda, aplaudiram, sinal de que nem todos partilhavam do mesmo sentimento.

Numa das suas intervenções, o chefe da bancada da Frelimo, sugeriu em nome da bancada para que o CMQ não interviesse nas áreas de saúde, porque este sector é da pertença do estado.

No documento que apresentou, que ele achava ser sugestivo para o edil, lia-se: “O Conselho Municipal não deve fazer nenhum trabalho na morgue do hospital provincial, muito menos dar apoio aos corpos não reclamados porque esta área é da pertença da tutela administrativa do estado…”.

Mas mesmo assim, no final, foi esta Frelimo que validou com 22 votos o plano da edilidade, que de entre várias actividades prevê a reabilitação de estradas, a recolha de resíduos sólidos, treinamento e capacitação da polícia municipal, entre outras actividades.

Araújo despe Chagunda

Manuel de Araújo, presidente do Conselho Municipal de Quelimane,  com a ajuda, várias vezes, dos membros da Renamo, não poupou a bancada da Frelimo, sobretudo o respectivo chefe, Armando Chagunda.

Por muito tempo, Araújo centrou o seu discurso na pessoa de Chagunda, despiu totalmente o membro da Frelimo.

Enfim, foi uma verdadeira aula de sapiência proferida pelo edil de Quelimane, perante murmúrios de apoio vindos de alguns membros da Frelimo.

Refira-se que, com a aprovação do plano de actividades e de orçamentos do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo já tem o “OK” para poder executar o seu plano.

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