O presidente da França, François Hollande, admitiu, Quinta-feira (20), que a colonização francesa na Argélia foi “brutal e injusta”, mas evitou um pedido de desculpas ao país do norte africano, visto por Paris como um importante parceiro comercial e produtor de petróleo.
“Durante 132 anos, a Argélia foi submetida a um sistema brutal e injusto: a colonização. Admito o sofrimento que ela causou”, disse o socialista Hollande ao Parlamento argelino, no segundo dia de uma visita oficial destinada a melhorar as relações diplomáticas e económicas.
“Respeitamos o acto da lembrança, de todas as lembranças. Há um dever da verdade a respeito da violência, das injustiças, dos massacres e da tortura”, disse ele, referindo-se à guerra (1954-1962) que levou à desocupação francesa e à independência da Argélia.
Ao chegar a Argel, Quarta-feira, Hollande foi recebido por milhares de argelinos. Ele defendeu uma parceria económica em pé de igualdade, mas disse que não havia ido ao país para “arrepender-se ou desculpar-se”.