A Renamo nunca nos disse, mas de qualquer maneira mandamos a polícia libertar o seu delegado de mesa, disse o chefe do departamento legal da CNE, Antonio Chipanga, na quinta-feira à AIM.
Chipanga respondia às conferências de imprensa da Renamo, na terça e quarta-feira, na qual a Renamo disse que o seu delegado na mesa de voto 541 na EP1, Jembesse, Lumbo, na parte continental do distrito da Ilha de Moçambique, tinha sido preso por tentar impedir enchimento da urna e que 10 outros delegados tinham sido detidos e impedidos de ficar nas mesas de voto. Chipanga disse que tais detenções eram manifestamente ilegais, mas disse que a Renamo nunca informou a CNE sobre isso.
No incidente no Lumbo, Chipanga conta uma versão diferente do que se passou. Diz que o incidente levou a uma discussão furiosa na mesa de voto entre os delegados da Renamo e da Frelimo. O presidente da mesa mandou ambos pela porta fora. Mas o membro da Renamo voltou entrando pela janela, partindo um vidro. Foi nesta altura que a polícia foi chamada e prendeu o monitor da mesa. Apesar da violência, o presidente da CNE João Leopoldo da Costa insistiu que o homem fosse liberto.
Mas parece haver acordo em que o homem apontado como por fazer enchimento de urna não foi nem acusado nem detido. E esta mesa de voto especificamente, tem sido acusada por outras fontes de ter estado envolvida em aparente enchimento da urna mais tarde nesse dia.
Chipanga acrescenta que os boletins de voto são enviados em embalagens em princípio à prova de violação, e que ele pretende ver os boletins de voto para tentar encontrar uma quebra da segurança. Três dos boletins de voto presidenciais tinham números de 03889365 a 7, o que o pode ajudar a identificar de onde foram mandados.