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Clubes ingleses com atletas em África exigem segurança

Portsmouth e Manchester City, clubes ingleses que têm futebolistas na CAN2010, que se inicia domingo em Angola, exigiram garantias de segurança para o seus atletas, depois do atentado contra o autocarro da selecção do Togo.

O atentado, que ocorreu esta sexta-feira na fronteira do enclave de Cabinda, causou a morte do motorista do veículo e ferimentos em outras nove pessoas, entre as quais dois futebolistas da selecção togolesa. O Portsmouth, clube que revelou maiores preocupações quanto à segurança dos atletas em Angola, pediu à federação inglesa de futebol que contactasse a FIFA no sentido de assegurar, junto dos responsáveis da CAN2010, condições de segurança.

“A segurança dos nossos jogadores é primordial para nós e, se não houver garantias, os jogadores devem regressar a casa”, referiu Gary Double, porta-voz do Portsmouth, que têm na CAN2010 Nwankwo Kanu (Nigéria), Aruna Dindane (Costa do Marfim) e Nadir Belhadj e Hassan Yebda (Algéria).

O Manchester City, que dispensou Kolo Toure para a selecção marfinense e Emmanuel Adebayor e Moustapha Salifou para a equipa do Togo, também manifestou “preocupação sobre a situação” e pediu a intervenção da federação inglesa para acompanhar a situação. Emmanuel Adebayor e Moustapha Salifou viajavam no autocarro, mas não sofreram quaisquer erimentos.”Estou bem, mas extremamente chocado e muito desgostoso”, afirmou Salifou.

O Chelsea, líder do campeonato inglês, revelou estar confiante que a competição decorra com normalidade e que a segurança aos atletas seja garantida. O clube londrino dispensou Didier Drogba and Salomon Kalou (Costa do Marfim), John Obi Mikel (Nigéria) e Michael Essien (Gana). “Estamos certos de as autoridades estão a tomar todas as precauções para garantir a segurança dos jogadores e dos restantes elementos das selecções”, referiu o Chelsea, também em comunicado.

Depois dos contactos dos clubes ingleses, a federação confirmou à Associated Press que está a acompanhar a situação com outras organizações internacionais, entre as quais a FIFA. “Na sequência do terrível ataque à selecção do Togo em Angola, a federação está em contacto com vários clubes ingleses que têm jogadores envolvidos na CAN. Vamos continuar atentos à situação e prestaremos todo o apoio aos clubes e aos futebolistas”, salientou a federação inglesa, em comunicado.

A divisão africana da FIFPro, organismo que integra os sindicatos dos futebolistas profissionais de mais de quatro dezenas de países, também pediu hoje aos organizadores da CAN2010 que garantam segurança para os atletas em representação das selecções.

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