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Cirurgia de Angelina Jolie estimula alta em testes de cancro de mama, segundo um estudo

A decisão da estrela da actriz Angelina Jolie de divulgar publicamente a sua dupla mastectomia fez mais que dobrar o número de mulheres britânicas em busca de testes genéticos de cancro de mama, de acordo com um estudo divulgado, esta sexta-feira (19).

Jolie, de 39 anos, que tornou-se uma activista pró-direitos humanos, anunciou a sua cirurgia em Maio do ano passado, dizendo que o seu teste sobre mutação do gene BRCA1 havia dado positivo, o que aumentaria significativamente as suas chances de cancro de mama.

Ela disse querer divulgar o caso publicamente para que a sua história inspirasse outras mulheres a lutar contra a doença.  Os pesquisadores estudaram 21 clínicas e centros genéticos regionais e descobriram que havia 4.847 referências para o teste entre Junho e Julho do ano passado, ante 1.981 no mesmo período de 2012.

O estudo do chamado “Efeito Angelina”, publicado pelo periódico Breast Cancer Research, creditou a glamurosa aparição da actriz com o seu marido Brad Pitt por ajudar a aliviar os temores das mulheres sobre a cirurgia.

“Angelina Jolie… provavelmente teve um impacto maior do que outros anúncios de celebridades, possivelmente por causa da sua imagem de mulher forte e glamurosa”, disse em nota o pesquisador Gareth Evans, da Genesis Breast Cancer Prevention.

“Isso pode ter reduzido o medo das pacientes sobre a perda de identidade sexual depois da cirurgia preventiva e encorajando as mulheres que ainda não haviam procurado serviços de saúde para considerar os testes genéticos.”

O cancro de mama é o mais comum em mulheres em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde estimou que mais de 521 mil mulheres morreram dessa doença em 2012. A actriz, vencedora do Oscar, nos últimos anos tem atraído quase tanta atenção por seu trabalho mundial em nome de refugiados e vítimas de violência sexual em conflitos quanto por seus papéis no cinema.

Jolie foi nomeada embaixadora honorária da agência de refugiados da ONU, o Acnur, em 2001, e foi promovida a enviada especial do alto comissário da entidade, António Guterres, em 2012. Desde então ela também tem liderado uma campanha contra violência sexual em zonas de conflito.

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