As regiões remotas de Nalazi, Nhalane, Mapai, Dindiza e Machaila, no Norte da província de Gaza, deverão ter energia eléctrica, a partir do corrente ano de 2012, a ser fornecida pela empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM), na sequência da implementação do seu projecto de electrificação rural do país, e, particularmente, daquela região do Sul de Moçambique.
O projecto será concretizado depois da conclusão de um estudo de impacto ambiental e social realizado pela empresa moçambicana Consultoria em Desenvolvimento Social, Lda. (SCDS), cujos resultados preliminares deverão ser divulgados ao público nos dias 19, 20 e 21 de Junho de 2012 nas sedes distritais de Chicualacuala, Mabalane e de Chókwè, regiões abrangidas pela linha de transporte de energia de 110 quilowatts.
Os comentários dos participantes daqueles encontros irão ser usados para a finalização do relatório do estudo para posterior aprovação e atribuição da licença ambiental pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), segundo apurou, esta segunda-feira, o Correio da manhã junto da EDM.
A construção desta linha eléctrica insere-se num vasto programa governamental no sentido de garantir que mais de 3,5 milhões de moçambicanos tenham acesso à energia até 2013, nos termos de um programa visando adicionar anualmente 90 mil novos consumidores à rede eléctrica nacional.
O plano deverá incrementar em 2%, para 20% até 2017, a taxa actual de electrificação de Moçambique e está avaliado em cerca de um bilião de dólares norte-americanos, segundo ainda a mesma fonte, assegurando que a sua elevação dos actuais 18% implicará a entrada em funcionamento de seis novos empreendimentos de produção de energia, nomeadamente, as barragens de Moamba, na província de Maputo, e de Cahora Bassa-Norte, Lupata e Mphanda Nkuwa, em Tete, e ainda centrais térmicas de Moatize e Benga, igualmente na província central de Tete.
Daqueles empreendimentos, apenas a nova barragem de HCB-Norte é que já tem um financiamento estimado em cerca de 403 milhões de dólares norte-americanos, num investimento suportado pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA).
Sobre as obras de construção da barragem de Mphanda Nkuwa, fonte documental do Ministério da Energia explica que o seu arranque apenas está dependente da “boa vontade da África do Sul”, uma vez que grande quantidade da sua energia irá ser vendida àquela maior potência económica da África Austral.