Pelo menos 24 cidadãos malianos morreram afogados, a 27 de julho último, nas águas líbias ao largo de Al-Khoms quando viajavam numa embarcação obsoleta a caminho da Itália, revelou, quarta-feira, o ministro dos Malianos do Exterior.
Abdrahmane Sylla falava em conferência de imprensa sobre os riscos da emigração irregular, as condições de vida dos migrantes malianos em situação irregular na Itália e na Líbia, a problemática das crianças migrantes menores e a situação dos Malianos na República Centroafricana.
As 24 vítimas do naufrágio são originárias das aldeias de Sélinkégny, Madallaya e Kaniya no círculo de Bafoulabe (Kayes). O ministro dos Malianos do Exterior lembrou, durante a conferência de imprensa, que o seu departamento não tem dados sobre o número exato das vítimas. Ele afirmou que, para chamar a atenção dos Malianos para os riscos da emigração irregular e para não alimentar cada vez mais a rede de passadores ao longo das rotas migratórias, o seu departamento realizou uma campanha de informação e sensibilização intensas sobre os riscos ligados à emigração.
Abdrahmane Sylla deplorou que, apesar destes esforços, assiste-se regularmente a tragédias humanas nas rotas migratórias irregulares. O ministro dos Malianos do Exterior disse que quando os migrantes conseguem entrar nos países de destino eles vivem em condições precárias e degradantes.