A menos de duas semanas do fim do recenseamento, continua preocupante o nível de afluência aos postos de recenseamento por parte dos cidadãos, o que poderá obrigar os órgãos eleitorais a prorrogar o período previsto para o decurso do processo. Segundo o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, até esta semana tinham sido registadas perto de 1.900.000 pessoas, o correspondente a apenas 54 porcento das 3.495.566 esperadas.
No princípio esta situação foi atribuída aos problemas que se verificaram com os equipamentos, que só foram resolvidos 15 dias depois. Hoje, a mesma deve-se, por um lado, ao fracasso da campanha de educação cívica, e, por outro, ao hábito que as pessoas têm de deixar tudo para os últimos dias.
Para inverter este cenário, o STAE tem estado a supervisionar o funcionamento das brigadas e a alocar mais equipamentos aos postos que registam maior afluência. Paralelamente, foi intensificada a mobilização dos cidadãos através da educação cívica. Entretanto, esta situação não se verifica em todos os postos de recenseamento, pois há alguns com enchentes. Nestes, os eleitores continuam a queixar-se da morosidade no atendimento e da falta de flexibilidade por parte dos membros das brigadas.
Um problema que urge resolver tem a ver com a alocação de pouca quantidade de tinteiros e com a compra de energia insuficiente para garantir o funcionamento dos postos. Por exemplo, há casos de máquinas que ficaram descarregadas por mais de duas horas e outros em que se ficou sem tinteiros nas impressoras, o que ditou a interrupção dos trabalhos.
Em relação à falta de energia, Felisberto Naife, director-geral do STAE, citado pelo CIP, justificou-se nos seguintes termos: “Nós temos comparticipado com energia em todas as escolas que têm postos instalados, mas há escolas que têm enormes dívidas com a EDM e mesmo quando o STAE tenta pagar a energia, quando se chega ao fim do dia, essas escolas continuam sem energia”.