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Chuvas fortes fustigam Maputo e Matola

As cidades de Maputo e Matola, ambas no Sul de Moçambique, foram desde a madrugada até a manhã de quarta-feira fustigadas por chuvas torrenciais que impediram, por completo, a circulação normal do tráfego rodoviário nalgumas estradas principais destas duas urbes. As fortes descargas pluviométricas, que iniciaram por volta das três horas da madrugada e só viriam a abrandar por volta das nove horas, transformaram o asfalto das rodovias em autênticos leitos, onde as viaturas de pequeno porte estavam impedidas de circular.

A principal drenagem da cidade de Maputo, que parte do bairro da Malhangalene até ao Vale do Infulene, que também é alimentada com “afluentes” vindos dos bairros do Aeroporto, Mavalane, Urbanização e Mafalala, ficou pequena para escoar as águas pluviais, tendo transbordado impedindo a livre circulação de viaturas e pessoas. Na zona do Supermercado “Shoprite” (antiga Praça de Touros) as águas das chuvas galgaram o leito da drenagem e transformaram a estrada num autêntico curso de água diluvial.

A queda de chuvas a ponto de inundar as artérias da cidade recorda as cheias de 2000, em que vários bairros sofreram as consequências da falta de saneamento do meio. Os crónicos bairros de Chamanculo, Munhuana e vários outros com sérias deficiências de saneamento não escaparam aos efeitos das chuvas. As fortes chuvas que continuam a cair nas cidades de Maputo e Matola, embora com uma intensidade menor, denunciaram as graves fragilidades das obras de reabilitação de raiz feitas na Praça dos Combatentes recentemente concluídas e entregues ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM).

A Praça dos Combatentes e a avenida das Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM) que foram recentemente reabilitadas não mostravam qualquer indício desse melhoramento, estando as águas da chuva correr para o sentido onde eram empurradas pelas viaturas em trânsito.

Nos bairros periféricos da urbe, os residentes cujas casas estão em zonas baixas ou que os solos não têm capacidade de absorver a água das chuvas tiveram uma noite mal dormida. Os residentes foram forçados a acordar e combater a fúria das águas, improvisando barreiras ou então tirar a balde as águas dentro dos seus lares.

A zona baixa da Cidade de Maputo, na avenida 25 de Setembro, ficou completamente submersa com os estabelecimentos comerciais situados nas imediações invadidos pelas águas das chuvas, provocando enormes prejuízos ainda por quantificar.

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