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Chuva destrói infra-estruturas e desaloja 572 famílias em Inhambane e Zambézia

A chuva que cai nas diferentes províncias moçambicanas já deixou, até este momento, centenas de famílias sem tecto, salas de aulas destruídas e algumas vias de acesso cortadas, condicionando desta maneira a transitabilidade de viaturas e de pessoas de um lugar para o outro, segundo a porta-voz do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, no Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Rita Almeida.

Em contacto com o @Verdade, ela disse que a chuva poderá abrandar nos próximos dias, embora irão persistir os níveis de alerta, principalmente nas bacias do Zambeze, Messalo, Caia, Marromeu e nas estações do Búzi e Save.

Sem falar dos estragos causados por exempolo em Nampula, Rita Almeida apontou ainda que a queda intensa da chuva inundou casas e desalojou 492 famílias nos distritos de Panda e Homoine, na província de Inhambane, Sul de Moçambique. As mesmas encontram-se nos centros de acomodação temporárias. Outras 80 famílias, na mesma situação, são do distrito de Milange na Zambézia.

No distrito de Nhamatanda, em Sofala, as vias de acessos que fazem ligações com alguns povoados estão intransitável situação idêntica verificada nos troços Zumbo-Tete, Mutarara-Tete, Massangena, Chibuto e Xai-Xai (em Gaza) e Maputo província, disse Rita Almeida.

As infra-estruturas escolares não escaparam da fúria das águas e, consequentemente, 54 salas de aulas estão destruídas em todo território nacional, o que vai fazer com que alguns alunos assistam aulas ao relento, segundo referiu a nossa interlocutora.

Perante a situação, ela afirmou que o INGC já tomou algumas medidas cautelares, tais como o posicionamento de algumas equipas com barcos nos distritos de Chinde e Xai-Xai para apoiar a travessia das comunidades que estão isoladas por causa da intransitabilidade das vias de acesso e inundações das residências. Entre alguns pontos do interior, principalmente na província de Gaza a ligação é impossível. Houve retirada das pessoas nos locais de risco para as zonas altas, apoio as comunidades, acomodação temporária, difusão da informação sobre medidas de prevenção, dentre outras.

Acrescenta que todo aquele leque de acções é desencadeado envolvendo outras instituições nomeadamente, águas de Moçambique, Instituto Nacional de Meteorologia e além de todas entidades governamentais e privadas.

Para além dos trabalhos acima referidas, foram mobilizados e reforçados as equipas dos comités de Gestão de Calamidades ao nível distrital e provincial nas províncias da Zambézia e Inhambane, de acordo com Rita Almeida, que acredita ser prematuro para falar de dinheiros que estas operações de assistência irão custar, bem como para a posterior ajudar as famílias afectadas a se reconstruirem, porque a chuva continua a ameaçar.

Entretanto, realçou que o Governo aprovou o plano nacional de contingência avaliado em 120 milhões de meticais cujo propósito é assegurar a longo prazo a gestão de calamidades e reduzir os danos provocados pelas intempéries e outras acções climatéricas.

O país está em alerta laranja, que significa que as instituições devem estar em prontidão, redobrar os esforços de vigilância de fenómenos naturais, as comunidades devem ser informadas permanentemente sobre as calamidades, as instituições que trabalham na mitigação devem estar mais próximos das zonas de risco e da comunidade para qualquer eventualidade.

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