Uma empresa chinesa está a explorar clandestina e indiscriminadamente, desde o mês passado, ouro, turmalinas e extensões de florestais na localidade de Naculuwe, distrito de Gilé, na província da Zambézia.
Armando Mocoa, é líder comunitário, cabo do primeiro escalão. Disse a nossa reportagem que no seu regulado têm aparecido exploradores de madeira de diferentes origens sem título de exploração. Quando confrontados com a situação justificam que a autorização vem da capital do país.
“Quando canalizamos o caso ao Posto Administrativo ficamos a saber que a autorização vem de generais e alguns chefes. Ficamos aborrecidos com essas atitudes porque propiciam roubos dos nossos recursos. Não trazem nenhuma contribuição para a localidade de Naculuwe” disse Armando Mocoa.
Visitamos o estaleiro onde a madeira é armazenada. Contactamos um funcionário sénior, também de origem chinesa, que se identificou apenas por Yin. Segundo ele, a actividade de exploração da madeira não foi comunicada às autoridades do Posto Administrativo de Ligonha porque a firma na qual está afecto foi autorizada pelo Governo.
Questionado sobre o proprietário da empresa e a licença, Yin respondeu não ser da nossa conta.
Entretanto, o @Verdade soube de um outro líder comunitário que os proprietários da empresa que explora madeira na localidade de Naculuwe ofereceram 10 sacos de arroz, roupa, sabão, óleo e tantos outros produtos alimentares aos líderes comunitários daquela localidade.