O Governo de Nampula manifestou, no último sábado, ao vice-ministro chinês, Chen Jiang, o interesse de ver empresários daquele paÍs asiático a investirem no sector de agro-processamento.
Convidamos aos empresários chineses a interessarem-se por agroprocessamento, um ramo de negócio com possibilidade de prosperar, explicou Tocoli, no decurso do encontro de trabalho com a missão chinesa, da qual faziam parte cerca de duas dezenas de empresários dos sectores de agricultura, recursos minerais e manufacturas, para explicar as potencialidades económicas da província de Nampula. Apesar de serem inteirados de que Nampula possui um grande potencial nas áreas de caju, madeira, minas e outras, os chineses não apresentaram intenção de investir em nenhuma das áreas atrás referidas, tendo Chen Jiang manifestado apenas interesse em apreciar o potencial económico de Nampula exposto na Feira Internacional de Investimentos do seu país, que se realiza em Setembro de todos os anos.
Face às boas relações de cooperação entre os dois governos, gostaríamos de ver expostas em Setembro, na Feira Internacional de investimentos da China, as potencialidades económicas de que Nampula dispõe -referiu Jiang. Para além da cidade capital provincial, onde igualmente mantiveram um encontro de cortesia com o Primeiro Ministro moçambicano, Aires Aly, de visita a Nampula, a missão chinesa teve a oportunidade de se deslocar ao porto de Nacala. Ali foram informados da importância daquela infra-estrutura, que serve de ponto de entrada e saída da mercadoria diversa de e para os mercado nacional e internacional.
De destacar que maior parte da madeira explorada por empresas chinesas na região norte do país e que tem a Ásia como mercado tradicional, passa por Nacala. Segundo Agostinho Langa, a madeira representa, neste momento, 45 por cento do volume de toda carga contentorizada manuseada naquele porto, que é de 75 mil TEUS/ano. Falou, ainda, dos projectos que, a breve trecho, irão iniciar visando a reabilitação do porto, especificamente na terminal dos contentores, bem como o aumento da terminal de carga a granel. Langa, director do porto de Nacala, explicou que existem planos de reabilitação de emergência da terminal de contentores, mobilização de mais meios destinadas às operações portuárias, por forma a aumentar o actual nível de manuseamento, de 75 mil para 200 mil contentores/ano.
O governante chinês foi informado que maior parte da madeira que o seu país consome não só é produzida por empresas chinesas, como também passa por aquele complexo. De recordar que, muito recentemente, o Primeiro Ministro moçambicano, Aires Ali, esteve na China para aquilo que foi descrito pelos círculos diplomáticos do nosso país em Bejing, como reforço dos laços de amizade e cooperação que unem os dois países desde a década de 60, quando o povo moçambicano ainda lutava contra o colonialismo português, bem como negociar um financiamento de 2 mil milhões de dólares para 26 “projectos prioritários” no país.