A China dará início a uma operação de três meses de duração para reprimir organizações de notícias e jornalistas que estejam a realizar práticas jornalísticas ilícitas, como praticar extorsão e receber propina, informou a agência oficial de notícias Xinhua, Quinta-feira.
A operação começará no dia 15 de Maio e terá como alvo os jornalistas envolvidos na extorsão ou que exigem pagamentos para fazerem reportagens.
Os jornalistas sem registo apropriado que estejam envolvidos nessas actividades também serão investigados, disse a Xinhua, citando uma declaração da agência reguladora da imprensa chinesa, a Administração Geral de Imprensa e Publicações.
A China não tem uma imprensa livre nem independente, uma vez que os meios de comunicação são controlados pelo governo.
Entretanto, nos últimos anos e com o surgimento da Internet, houve um leve afrouxamento sobre o que pode ser noticiado.
Muitos órgãos de imprensa estatais realizam frequentemente reportagens investigativas sobre empresas que cometem delitos.
Como o sector da imprensa na China é recente, algumas práticas consideradas tabus nas organizações estrangeiras de imprensa, como aceitar dinheiro para participar numa entrevista colectiva, são práticas comuns na indústria.