A China quer um compromisso justo e razoável nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas, mas espera que os países ricos assumam mais responsabilidades para abrandar o aquecimento global, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Yang Jiechi.
“A mudança climática é um desafio enorme para toda a humanidade e requer uma resposta cooperativa de todos os países”, declarou Yang em uma reunião em Cingapura do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), antes do encontro de líderes do fim de semana.
“A China está disposta a fazer esforços positivos com todas as partes e a contribuir para a promoção de um resultado justo e razoável da Conferência de Copenhague”, completou. A conferência internacional de Copenhague, de 7 a 18 de Dezembro, tem como objectivo declarado obter um acordo global de redução dos gases do efeito estufa, que deve ser aplicado a partir de 2012, quando vai expirar o Protocolo de Kyoto.
Mas se Pequim deseja um compromisso, também deixou claro que os países devem respeitar os acordos prévios da ONU que exigem que as nações desenvolvidas fiquem com o maior percentual de cortes nas emissões.
A China argumenta que os países ricos têm uma responsabilidade histórica pelas mudanças climáticas e que o mundo em desenvolvimento não pode ser culpado pelo aquecimento global. O gigante asiático superou os Estados Unidos como maior emissor mundial de gases estufa, mas os americanos continuam sendo os principais poluidores per cápita.